ONU aponta queda em admissão de refugiados nos EUA
Em 2017, 33 mil pessoas foram aceitas como refugiados nos EUA, contra 97.000 do ano anterior; expectativa é de que o número seja menor em 2018
Os Estados Unidos admitiram 33.000 refugiados em 2017, uma redução de quase dois terços em relação ao ano anterior, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) divulgados ontem (5) em um estudo do Pew Research Center. Em 2016, foram foram 97.000 admitidos.
O grande descenso na admissão de refugiados coincidiu com a chegada à Casa Branca de Donald Trump, em janeiro de 2017. O ano passado foi o único, desde que os Estados Unidos adotaram a Lei dos Refugiados, em 1980, em que o país recebeu menos refugiados do que todos as outras nações juntas. Ao todo, os demais países do acordo acolheram 69.000 refugiados.
Ainda assim, os Estados Unidos admitiram três dos quatro milhões de refugiados que deixaram seus países desde 1980. Individualmente, as 33.000 pessoas acolhidas em território americano em 2017 superam números como o do Canadá (27.000), Austrália (15.000), Reino Unido (6.000) e Alemanha, Suécia, França e Noruega, com 3.000 cada uma.
Os refugiados representam cerca de 30% da população mundial deslocada e, em 2017, 56% deles saíram do Oriente Médio ou Norte da África (principalmente da Síria), 23% de países subsaarianos e 15% da Ásia.
Para o ano fiscal de 2018, Trump reduziu a cota de refugiados para 45.000 dos 110.000 – que não foram alcançados – estabelecidos por Obama para 2017.
Faltando três meses para fechar o ano fiscal de 2018, os Estados Unidos já acolheram 16.000 refugiados, uma tendência que indica que não cumprirá a meta de 45.000, significando um novo recorde negativo.
(Com EFE)