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Obama alerta a palestinos na ONU que ‘não há atalho para a paz’

Por Por Diego Urdaneta y Mariano Andrade
21 set 2011, 13h59

O presidente Barack Obama rejeitou nesta quarta-feira, falando ante a Assembleia Geral anual da ONU, o iminente pedido palestino para obter o reconhecimento de seu Estado, afirmando que “não existe atalho” para conquistar a paz no Oriente Médio e convocando-os a seguir negociando com Israel.

“Estou convencido de que não há atalhos para pôr fim a este conflito que se prolonga por décadas. A paz não é alcançada com declarações e resoluções na ONU. Se fosse fácil assim, já teria ocorrido”, afirmou Obama diante dos chefes de Estado e de governo de todo o mundo reunidos em Nova York.

O presidente palestino Mahmud Abbas apresentará na sexta-feira o pedido de reconhecimento de um Estado palestino como membro pleno da ONU, com base das fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias de 1967 e que inclua Jerusalém Oriental, o que desencadeou uma feroz batalha diplomática.

Segundo Obama, uma solução negociada com os israelenses “é o caminho para um Estado palestino”.

“São os israelenses e os palestinos, não nós, os que devem chegar a um acordo nos temas que os dividem: as fronteiras e a segurança, os refugiados e Jerusalém”, assegurou.

“Acreditei e continuo acreditando: os palestinos merecem um Estado próprio”, acrescentou Obama, ressaltando que os israelenses também têm direito à segurança.

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Washington ameaçou bloquear a demanda palestina no Conselho de Segurança da ONU, onde os palestinos precisam de nove votos sobre um total de 15 e sem nenhum veto dos membros permanentes (EUA, França, Grã-Bretanha, China e Rússia).

Mas o pedido palestino tem o apoio de muitos países, entre eles vários da América Latina.

Antes de Obama, a presidente brasileira Dilma Rousseff, primeira mulher na história da ONU a inaugurar o debate de sua Assembleia Geral anual, deu um forte apoio à adesão às Nações Unidas de um Estado palestino.

“É chegado o momento de termos a Palestina representada como membro” nas Nações Unidas, disse Dilma, deixando clara a posição do Brasil, que já reconheceu o Estado palestino com as fronteiras de 1967.

Segundo Dilma, o reconhecimento do Estado palestino ajudará a conquistar uma “paz duradoura no Oriente Médio” e disse que “apenas uma Palestina livre e soberana” poderá atender aos pedidos de Israel de “segurança”.

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Brasil, Argentina, Equador, Cuba, Venezuela, Nicarágua, Guiana, Paraguai, Costa Rica e El Salvador reconheceram o Estado palestino livre e independente com as fronteiras de 1967.

Por sua vez, Chile, Uruguai e Peru o reconheceram, mas sem menção de suas fronteiras, e o México manifestou seu apoio, embora sem um reconhecimento explícito.

A Colômbia – que atualmente é um dos 10 membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU – alinhou-se à posição israelense. O Brasil também ocupa atualmente um assento não permanente no Conselho.

Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convocou a romper o “impasse” no Oriente Médio, ressaltando os “implacáveis” esforços das Nações Unidas para encontrar uma saída negociada.

“Estamos de acordo que os palestinos merecem um Estado. Israel precisa de segurança. Ambos querem a paz”, disse Ban.

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Em meio às intensas negociações para evitar uma crise, Obama deve se reunir separadamente nesta quarta-feira com Abbas e com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

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