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O que se sabe sobre o motivo por trás do ataque a tiros contra Trump

Atirador de 20 anos foi morto por agentes do Serviço Secreto no sábado, 13; Thomas Matthew Crooks 'nunca se interessou por política', segundo conhecidos

Por Da Redação
Atualizado em 15 jul 2024, 15h04 - Publicado em 15 jul 2024, 09h31
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  • Thomas Matthew Crooks, 20 anos, um auxiliar de enfermagem, esteve a poucos centímetros de matar Donald Trump durante um comício eleitoral na cidade de Butler, na Pensilvânia. Antes que isso pudesse acontecer, mas não sem que conseguisse disparar oito tiros contra o ex-presidente dos Estados Unidos, ele foi morto por agentes do Serviço Secreto, e deixou poucas pistas sobre o motivo por trás do atentado — e sobre como conseguiu chegar tão perto de assassinar Trump.

    Crooks tinha um emprego júnior na área de enfermagem perto de sua cidade natal, na Pensilvânia, onde se formou no ensino médio em 2022 com a reputação de aluno brilhante, mas quieto. De acordo com a agência de notícias Reuters, seu conselheiro da escola o descreveu como “respeitoso” e disse que nunca soube que o jovem se interessava por política.

    No domingo, o FBI disse que os perfis de Crooks nas redes sociais não continham posts ameaçadores. Também não foi encontrado nenhum histórico de problemas de saúde mental. Autoridades afirmaram que ele agiu sozinho — um “lobo solitário” — e não identificaram as motivações por trás do ataque.

    Investigação do FBI

    Na tarde de sábado, 13, Crooks subiu em um telhado a 140 metros do palco onde Trump discursava no comício e abriu fogo contra o candidato com um rifle semiautomático estilo AR-15 — comprado por seu pai, segundo o FBI. O ataque matou um homem de 50 anos, feriu gravemente dois outros espectadores e atingiu a orelha de Trump. O FBI disse que investiga o tiroteio como “uma tentativa de assassinato e potencial terrorismo doméstico”.

    A arma (um rifle AR calibre 5,56) foi comprada legalmente, segundo a investigação. Além disso, as autoridades da agência disseram que “um dispositivo suspeito” foi encontrado em seu veículo, que foi inspecionado por técnicos em bombas.

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    Quieto e sem interesse por política

    Morador de Bethel Park, a cerca de uma hora de onde ocorreu o tiroteio, Crooks era um eleitor registrado como republicano. Ou seja, elegível para dar seu primeiro voto presidencial nas eleições de 5 de novembro, nas quais Trump desafia o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Seu pai também é um republicano registrado, e sua mãe, uma democrata. Além disso, aos 17 anos, Crooks fez uma doação de US$ 15 para o Partido Democrata.

    O suspeito era membro de um clube de tiro local chamado Clairton Sportsmen’s Club. O clube confirmou a informação no domingo 14, condenando o ataque como um “ato de violência sem sentido”. No dia a dia, Crooks trabalhava como auxiliar de dieta em uma casa de repouso, o Centro de Enfermagem e Reabilitação Especializada de Bethel Park.

    “Estamos chocados e tristes ao saber de seu envolvimento, já que Thomas Matthew Crooks realizava seu trabalho sem acender preocupações e sua verificação de antecedentes estava limpa”, disse Marcie Grimm, administradora da casa de repouso, em comunicado.

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    Há dois anos, Crooks se formou em um colégio local. De acordo com a Reuters, que entrevistou um colega que pediu para não ser identificado, o suspeito nunca demonstrou afinidade particular por política. Seus interesses centravam-se em informática e videogames.

    “Ele era superinteligente. Isso é o que realmente me confundiu: ele era, tipo, um garoto muito, muito inteligente. Ele se destacava”, disse o colega à Reuters. “Nada maluco surgiu em qualquer conversa.”

    Jim Knapp, ex-conselheiro escolar na Bethel Park High School, aposentado em 2022, acrescentou que Crooks sempre foi “quieto”, “respeitoso” e reservado, embora cultivasse algumas amizades. Ele tampouco era “um garoto carente”, o que exigia menos atenção do conselheiro escolar. Às vezes almoçava sozinho no refeitório da escola, mas não sofria bullying.

    “As crianças não o xingavam, as crianças não o intimidavam”, disse Knapp à Reuters, concordando com o ex-colega não identificado ao acrescentar que nunca soube que Crooks tivesse interesse por política.

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