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O plano de Trump que pode afetar imigrantes brasileiros nos EUA

Republicano planeja retirar 11 milhões de imigrantes dos EUA — por lá, estavam mais de 200 mil brasileiros ilegais em 2021, segundo pesquisa da Pew Research

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 14h04 - Publicado em 2 Maio 2024, 17h41

O ex-presidente americano Donald Trump detalhou à revista Time na terça-feira, 30, o novo plano de deportação em massa que planeja implementar caso alcance a vitória nas eleições de novembro e retorne ao comando da Casa Branca. Após se esquivar de temas polêmicos, como aborto e perdão aos envolvidos na invasão ao Capitólio, ele levantou a bandeira anti-imigração e acusou, como de praxe, os que chegam ilegalmente de serem criminosos ou de terem sido institucionalizados nos países de origem, sem apresentar provas.

“Não acredito que isto seja sustentável para um país o que está acontecendo conosco, com provavelmente 15 milhões e talvez até 20 milhões [de imigrantes] quando Biden sair. Vinte milhões de pessoas, muitas delas de prisões, muitas delas de prisões, muitas delas de instituições para doentes mentais. Quero dizer, você vê o que está acontecendo na Venezuela e em outros países. Eles estão se tornando muito mais seguros”, disse à Time.

Ao todo, o republicano planeja retirar 11 milhões de imigrantes dos EUA — por lá, estavam mais de 200 mil brasileiros ilegais em 2021, de acordo com um levantamento da Pew Research, lançado no final do ano passado. O avanço verde-amarelo representa um aumento de 54% em comparação aos dados de 2016, acrescentou a pesquisa. Eles são cerca de 2% dos indocumentados em território americano, e entrarão também na mira de Trump.

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O plano de Trump

Para expulsá-los, o candidato americano disse estar “disposto a construir campos de detenção de migrantes e a enviar militares dos EUA, tanto na fronteira como no interior”, disse a reportagem da Time. Ele afirmou, ainda, que planeja retomar medidas do seu antigo mandato, incluindo o programa Permanecer no México e o Título 42, revogado por Biden em maio de 2023.

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O primeiro exige que cidadãos não mexicanos e falantes de espanhol sejam enviados para o México enquanto aguardam o julgamento de asilo — em 2020, a ONG Human Rights Watch afirmou que a iniciativa “expõe crianças e seus pais, solicitantes de refúgio, a graves riscos de agressão, maus-tratos e trauma enquanto aguardam audiências para tratar de seus casos”. O segundo, por sua vez, permite que imigrantes sejam expulsos antes de entrarem com o pedido. A medida foi implementada em meio à pandemia de Covid-19 para o suposto controle da emergência sanitária.

O ex-presidente explicou que contaria com o apoio da Guarda Nacional para prender os imigrantes ilegais e que, se esses agentes não conseguissem, “usaria [outras partes do] exército”. Ele é questionado, então, se a caçada a Lei Posse Comitatus, de 1878, que proíbe o uso da força contra civis. Trump rebate que as pessoas em questão “não são civis” porque “não estão legalmente” no país.

“Usaremos a aplicação da lei local. E com certeza começaremos com os criminosos que estão chegando. E eles estão chegando em números que nunca vimos antes. E temos uma nova categoria de crime. É o chamado crime de migrantes. É, ugh, você vê isso o tempo todo”, acrescentou.

Além disso, Trump criticou o presidente Joe Biden. Ele disse que o democrata “não quis instalar o muro [na fronteira com o México] que já estava construído e poderia ter sido erguido, centenas de quilômetros de trabalho adicional poderiam ter sido erguidos em um período de três semanas. Em seguida, se comprometeu a “completar” a obra, argumentando que “à medida que você constrói, você descobre que precisa dele” e que “as paredes funcionam”.

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