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O papa é pop

O pontífice, celebrado pela aproximação com outros credos, recebeu com gosto, e posou para fotografias coloridamente vistosas, um homem adepto do animismo

Por Fábio Altman Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jul 2019, 17h43 - Publicado em 31 Maio 2019, 07h00

Foi uma semana genuinamente ecumênica para o papa Francisco. Na segunda-feira 27, ele recebeu o líder indígena Raoni Metuktire, da etnia caiapó, uma das vozes mais ruidosas e respeitadas na luta contra o desmatamento da Amazônia. O encontro fez parte da preparação para a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a região Pan-Amazônica, que será realizada em outubro nas dependências da Santa Sé. O pontífice, celebrado pela aproximação com outros credos, recebeu com gosto, e posou para fotografias coloridamente vistosas, um homem adepto do animismo — o credo silvícola segundo o qual os animais, as plantas e os objetos inanimados têm uma essência espiritual. O animismo veio antes das religiões, e lá estava Bergoglio celebrando as diferenças. Dias depois, ele abriu as portas do Vaticano para a mais respeitada conferência mundial sobre o ateísmo, organizada por um grupo de instituições acadêmicas do Reino Unido. Padres e pagãos discutiram questões aparentemente insolúveis aos olhos da Igreja, como uma vasta pesquisa que apontou a total concordância entre religiosos e incrédulos ao citar os valores mais relevantes da vida. Os dois grupos deram a mesma resposta: “família” e “liberdade”. Não seria preciso, portanto, ter alguma crença para ser moralmente superior. O próprio Francisco dera uma pista disso no início do ano ao sugerir que é melhor viver como ateu do que ir à missa e alimentar rancor pelos semelhantes. Disse o papa: “Quantas vezes vemos o escândalo das pessoas que passam o dia na igreja e depois vivem a odiar ou a falar mal dos outros. Vive como um ateu. Mas, se vais à igreja, então vive como filho, como irmão, dá um exemplo”.

Publicado em VEJA de 5 de junho de 2019, edição nº 2637

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