O número de mortos nos ataques cometidos na sexta-feira contra duas mesquitas da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, subiu de 49 para 50. Em entrevista coletiva concedida neste sábado, o comissário da Polícia da Nova Zelândia, Michael Bush, afirmou que uma nova vítima foi encontrada na mesquita de Linwood, um dos palcos dos ataques. O número de feridos também subiu para 50, com 36 pessoas ainda hospitalizadas.
Bush também afirmou que as autoridades acreditam que o australiano Brenton Tarrant foi o único responsável pelo atentado. “Até o momento, só ele foi acusado por relação com os ataques, mas nada é conclusivo”, disse o comissário.
Perguntado sobre as pessoas detidas depois dos ataques, Bush explicou que uma mulher foi libertada sem ser acusada e um homem segue preso por crimes ligados a posse irregular de armas. Mas as autoridades não acreditam que ele tenha ligação com o terrorista. Já um jovem preso na própria sexta-feira será ouvido em uma audiência na segunda. No entanto, o comissário não esclareceu qual seria a relação dele com o homem suspeito de atacar as mesquitas.
Tarrant compareceu diante de um tribunal neste sábado e foi formalmente acusado do homicídio de apenas uma pessoa. A expectativa, porém, é que ele seja denunciado por outros crimes antes do julgamento no Tribunal Superior, no dia 5 de abril. A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, se reuniu com os sobreviventes e membros da comunidade muçulmana de Christchurch para expressar apoio e anunciar uma reforma na lei sobre o acesso às armas no país.
Algemado e descalço sob escolta de dois policiais, o atirador ficou em silêncio durante a audiência, mas olhou para fotógrafos e jornalistas autorizados a entrar no tribunal e, segundo o jornal New Zealand Herald, sorriu quando entrou na corte.
As autoridades da Nova Zelândia agora tentam identificar as vítimas para que os corpos possam ser entregues aos familiares o mais rápido possível.
Ao longo do fim de semana, a imprensa local começou a revelar os nomes de alguns dos mortos no atentado. Mucad Ibraim, de 3 anos, estava em uma das mesquitas com o pai e o irmão mais velho, Abdi. Sayyad Milne, de 14 anos, também está entre as vítimas. O pai do menino, John Milner, o descreveu como um “pequeno soldado valente”.