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Novas manifestações são convocadas em Hong Kong contra lei de extradições

No domingo, mais de 1 milhão de pessoas protestaram contra projeto de lei defendido pelo Executivo local

Por Da Redação
Atualizado em 10 jun 2019, 10h12 - Publicado em 10 jun 2019, 09h09
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  • Críticos do texto consideram que o projeto deixará a população à mercê de um sistema judicial chinês opaco e politizado - 09/06/2019 (Anthony Kwan/Getty Images)

    Novas manifestações foram convocadas para quarta-feira, 12, em Hong Kong contra um polêmico projeto de lei que permitirá extradições para a China. Neste domingo 9, ato reuniu 1 milhão de pessoas.

    A manifestação de ontem não convenceu o governo a desistir do polêmico projeto de lei.

    “É uma lei muito importante, que permitirá o triunfo da justiça e garantirá que Hong Kong cumpra com suas obrigações internacionais em termos de criminalidade transnacional”, declarou a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam.

    Diante da recusa de Lam, a oposição convocou uma nova mobilização. “Em 12 de junho, esperamos que a Frente Civil dos Direitos Humanos inicie a manifestação às 10h locais (23h de Brasília, terça-feira)”, afirmou nesta segunda-feira Jimmy Sham, um dos organizadores do movimento.

    Ao mesmo tempo, o governo chinês destacou que “continuará apoiando de modo veemente” o projeto de lei apresentado pelas autoridades de Hong Kong.

    “Nos opomos a qualquer força estrangeira que intervenha nos assuntos legislativos de Hong Kong”, disse Geng Shuang, porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China.

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    Grande manifestação

    No domingo, mais de 1 milhão de pessoas saíram às ruas na principal ilha do centro financeiro, segundo os organizadores. A polícia local, contudo, afirmou que apenas 240.000 pessoas participaram do ato.

    Ainda assim, foi o maior protesto no território desde 1989, quando 1,5 milhão de pessoas expressaram apoio aos manifestantes da Praça Tiananmen (Paz Celestial). Na época, Hong Kong ainda estava sob o governo colonial britânico.

    As imagens aéreas que mostravam as ruas estreitas de Hong Kong lotadas rodaram o mundo. Mas, na China continental, o principal telejornal não mencionou o evento e as buscas na rede social Weibo foram censuradas.

    O acordo “um país, dois sistemas”, estabelecido quando o Reino Unido devolveu Hong Kong à China, permite que a cidade goze de direitos que não existem no continente, incluindo a liberdade de expressão.

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    O caso

    O projeto de lei apoiado por Carrie Lam permitiria a extradição de suspeitos procurados para a China continental, Macau e Taiwan, com as quais o governo de Hong King ainda não tem acordos sobre o tema. A norma permitiria, inclusive, o envio de fugitivos do regime chinês à Pequim.

    Os críticos do texto consideram que o projeto das autoridades de Hong Kong pró-Pequim deixará a população à mercê de um sistema judicial chinês opaco e politizado. O Executivo desta região semiautônoma defende que a lei vai preencher uma brecha jurídica e que é necessária, em especial para permitir a extradição para Taiwan de um cidadão de Hong Kong acusado de assassinato.

    Chris Patten, o último governador britânico de Hong Kong, disse na quinta-feira que o projeto de lei “será um golpe terrível contra o Estado de Direito, contra a estabilidade e segurança de Hong Kong, contra a posição de Hong Kong como um grande centro comercial internacional”.

    Governos estrangeiros também expressaram preocupação, alertando para o impacto da lei sobre a reputação de Hong Kong como um centro financeiro internacional, e observando que estrangeiros procurados na China correm o risco de serem aprisionados em Hong Kong.

    Juízes de Hong Kong estão preocupados com as mudanças, observando a falta de confiança nos tribunais do continente, bem como a natureza limitada das audiências de extradição.

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    (Com AFP e Reuters)

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