Nova Zelândia não tem nenhum paciente internado com Covid-19
O último paciente foi internado há cinco dias e já teve alta; país não tem mais transmissão comunitária
A Nova Zelândia informou nesta quarta-feira, 27, que não tem nenhuma pessoa hospitalizada com Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, no país.
“Acho que é a primeira vez, provavelmente, pelo menos em alguns meses, que não temos ninguém no hospital (por causa da Covid-19), por isso estamos em uma boa situação”, disse o diretor-geral de Saúde, Ashley Bloomfield, durante sua entrevista coletiva diária para explicar a evolução da pandemia.
O sistema de saúde neozelandês passou por cinco dias sem receber um novo paciente que precisasse ser internado, apesar de 21 pessoas ainda permanecerem doentes no país.
A resposta do governo contra a pandemia foi dura desde o início. O país implementou a quarentena e o distanciamento social cedo, além de empregar testes em massa na população. Segundo Bloomfield, foram realizados 267.435 exames em uma população de quase 5 milhões da habitantes. A Nova Zelândia não passou dos 1.154 casos e 21 mortes, e declarou que havia interrompido a transmissão comunitária da doença.
Já primeira-ministra, Jacinda Ardern, colheu os frutos de sua gestão durante a crise: sua popularidade alcançou os 88% – a mais alta já registrada para um governante do país. Firme, mas suave, a mensagem de Ardern foi transmitida para a população da ilha principalmente por meio de lives pelas redes sociais, nas quais a primeira-ministra respondia perguntas dos publico.
Com o sucesso das politicas preventivas, a Nova Zelândia já começa a reabrir escolas, bares e outros estabelecimentos depois de declarar que havia vencido a batalha contra a pandemia, embora continue mantendo normas de distanciamento social e alerta de nível 2.
Para reestruturar a economia, uma vez que as fronteiras internacionais ainda ficarão fechadas, a primeira-ministra propôs a diminuição da jornada de trabalho de cinco para quatro dias por semana, com o objetivo de alavancar o turismo local e gerar mais empregos.
(Com EFE)