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Netanyahu sugere trégua parcial em Gaza para vacinação contra pólio

Gabinete do premiê israelense aprova 'criação de locais específicos' para operação de agências humanitárias, em meio a temores sobre surto de vírus

Por Da Redação 29 ago 2024, 09h37
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  • Palestinian boy Abdel Rahman Abu al-Jedian who contracted polio a month ago sleeps surrounded by family members in their displacement tent in Deir al-Balah in the central Gaza Strip on August 27, 2024, amid the ongoing conflict between Israel and the Palestinian Hamas movement. Unrelenting air strikes by Israel more than 10 months into its war against Gaza rulers Hamas, restrictions of aid entering the besieged territory and hot summer temperatures all threaten the viability of a life-saving inoculation drive, after the first polio case in 25 years was recorded on August 16 in the besieged Palestinian territory. (Photo by Eyad BABA / AFP)
    O menino palestino Abdel Rahman Abu al-Jedian, que contraiu poliomielite há um mês, dorme cercado por familiares em tenda em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza. 27/08/2024 - (Eyad Baba/AFP)

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sugeriu nesta quinta-feira, 29, que poder haver uma suspensão parcial das operações militares em Gaza para permitir uma campanha de vacinação contra a poliomielite para crianças. A indicação ocorre em meio a temores de um surto do vírus no enclave palestino, após um bebê com paralisia em uma perna ser diagnosticado com a doença no início deste mês.

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    O gabinete de Netanyahu, em declaração, negou que haveria uma trégua geral durante a vacinação, como havia sugerido uma reportagem da televisão israelense. No entanto, afirmou que aprovou a “criação de locais específicos” em Gaza para a operação de agências humanitárias envolvidas na campanha, que começará nesta fim de semana.

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    “O plano foi apresentado ao gabinete de segurança e recebeu o apoio de profissionais relevantes”, disse o gabinete do primeiro-ministro.

    + OMS alerta para presença de vírus causador da poliomielite em Gaza

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    Uma possibilidade sugerida pelo comunicado é que bombardeios sejam interrompido em diferentes áreas de Gaza de forma sequencial, uma em seguida da outra, para permitir que as agências humanitárias de desloquem de acordo com o cronograma.

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    Ainda assim, a declaração foi deliberadamente vaga. Figuras ultrarreligiosas de extrema direita que fazem parte da coalizão no governo Netanyahu se opõem duramente a qualquer forma de trégua no enclave. Agências envolvidas na resposta à crise humanitária que afeta os palestinos, porém, deixaram claro que o surto de pólio, o primeiro a ser registrado em Gaza nos últimos 25 anos, se espalharia para Israel se não fosse contido de forma imediata.

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    A mídia israelense havia informado anteriormente que a pausa nas operações militares foi exigência do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, quando visitou o país pela 15ª vez na semana passada.

    Campanha contra pólio

    A primeira de duas rodadas de vacinação deve começar no sábado, 31, na tentativa de controlar a disseminação do vírus depois que Abdel Rahman Abu al-Jedian, um menino palestino de 10 meses, foi diagnosticado com a doença e desenvolveu paralisia.

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    O bebê era cheio de energia, disse sua mãe, Nevine Abu El-Jedian, à agência de notícias Associated Press. “De repente, isso foi mudou. De repente, ele parou de engatinhar, parou de se mover, parou de ficar de pé e parou de sentar.”

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    Mais de 25 mil frascos de vacina, o suficiente para mais de 1 milhão de doses, já chegaram a Gaza, junto com as geladeiras para mantê-los resfriados durante o transporte. Especialistas alertaram, porém, que seria virtualmente impossível realizar uma campanha bem-sucedida sob bombardeios.

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    + ONU suspende ajuda humanitária em Gaza após novas ordens de retirada de Israel

    Para impedir um surto, será preciso vacinar 90% das cerca de 640 mil crianças menores de 10 anos de idade em Gaza. Um desafio em meio a um número crescente de ordens de retirada emitidas pelos militares israelenses, que fazem a população se deslocar para locais cada vez mais remotos.

    Juliette Touma, porta-voz da agência de ajuda da UNRWA, principal agência das Nações Unidas em Gaza, afirmou que a incerteza em torno das pausas humanitárias tornou qualquer planejamento extremamente difícil.

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    “Os planos são o feijão com arroz de qualquer operação humanitária bem-sucedida. Você tem que saber quantas pessoas vai alcançar, onde elas estão localizadas e como vai alcançá-las”, disse ela. “Mas, em Gaza, o planejamento é quase inexistente.”

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