Em pronunciamento neste domingo 22, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que atingiu o Hezbollah “de uma forma que nunca imaginariam” e prometeu mais ataques ao grupo extremista. “Se não entenderam o recado, entenderão agora”, disse ele, não mencionando, porém, as explosões de pagers e walkie-talks, detonados na semana passada, ataque que o grupo atribuiu a Israel.
Na sexta-feira, 20, Israel bombardeou Beirute, no Líbano, onde o Hezbollah atua, desde o início da guerra em Gaza. O ataque deixou 45 mortos. O grupo extremista respondeu disparando 150 mísseis contra o norte de Israel.
Já o Exército israelense afirmou que realizou ataques no sul do Líbano nas últimas 24 horas, acertando aproximadamente 400 alvos militares do grupo extremista, incluindo lançadores de foguetes. “O Hezbollah está começando a sentir o gosto da capacidade militar israelense”, disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Galant, acrescentando que vai manter a operação contra o grupo extremista até o norte do país estar completamente seguro.
Manifestação por Renúncia
No sábado, 21, manifestantes saíram às ruas de Israel, em especial em Tel Aviv, para pedir a renúncia de Netanyahu e seja “substituído por alguém que possa fechar um acordo para a libertação dos reféns”.
Entre eles, familiares dos cerca de 100 reféns ainda mantidos sob o poder do Hezbollah. “A única forma de salvar o que ainda estão vivos é um acordo”, afirmou Ifat Kalderon, primo do refém Ofer Kalderon à CNN internacional. “Retire Netanyahu de seu cargo para que outra pessoa possa fazer um acordo”, completou.
Israel X Hezbollah
Israel e Hezbollah têm trocado ataques desde 7 de outubro do ano passado, quando começou a guerra em Gaza, quando o grupo extremista começou a disparar foguetes em favor dos palestinos e do grupo aliado Hamas, que tem o apoio do Irã, matando 1200 pessoas e sequestrando 250. Os conflitos já mataram centenas de pessoas em Israel e no Líbano, e deslocaram milhares para as fronteiras.
Nas últimas semanas, Israel foca no Líbano, com a promessa de restabelecer a paz. Já o diz que só para com os ataques se houver um cessar-fogo em Gaza, algo que ainda parece bem distante. Dos 250 reféns sequestrados, cerca de 100 ainda estão em poder do Hezbollah, embora acredita-se que boa parte deles já estejam mortos. Entre os palestinos, mais de 41.000 foram mortos, a maior parte, mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.