O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, autorizou os ataques com pagers e walkie-talkies explosivos contra agentes do Hezbollah dentro do Líbano e da Síria. A informação foi confirmada nesta segunda-feira, 11, por Omer Dostri, porta-voz do gabinete do premiê, segundo a agência de notícias Reuters.
A mídia israelense informou também que Netanyahu assumiu a responsabilidade pelo ataque durante uma reunião de gabinete, dizendo aos ministros que altos funcionários da defesa e figuras políticas se opunham a esse tipo de investida, mas que ele decidiu prosseguir com a operação.
Ataque em grande escala
Em 17 de setembro, milhares de pagers usados pelos membros da milícia libanesa – que evitavam celulares para driblar a vigilância israelense –explodiram simultaneamente, matando dezenas e ferindo milhares de pessoas.
No total, o ataque com os pagers e, no dia seguinte, uma outra onda de explosões que detonou walkie-talkies do Hezbollah mataram 39 pessoas e feriram mais de 3.400. Entre as vítimas levadas às pressas para o hospital, muitas ficaram com ferimentos nos olhos, dedos faltando ou buracos profundos na região do abdômen, devido à proximidade dos dispositivos no momento dos ataques.
O Hezbollah ficou debilitado após a ofensiva, mas as explosões também prejudicaram milhares de civis, suscitando condenações das Nações Unidas.