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Negociações de paz na Ucrânia não são possíveis no momento, diz Guterres

António Guterres também destacou planos de negociações propostos por China e Brasil

Por Da Redação 9 Maio 2023, 11h31

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que não consegue enxergar uma possibilidade imediata de alcançar um cessar-fogo abrangente na Ucrânia. Para o português, ambos os lados afastam esse tipo de negociação, já que estão convencidos de que podem vencer.

Em entrevista ao jornal El País, Guterres, que está na Espanha para receber o Prêmio Europeu Carlos V, esclareceu que as atenções da ONU estão focadas nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia para resolver problemas concretos, como a extensão do acordo de exportação de grãos, que deve expirar em 18 de maio.

“Infelizmente, acredito que, nesta fase, uma negociação de paz não é possível”, disse. “No momento, não vejo nenhuma possibilidade de alcançar imediatamente – não estamos falando sobre o futuro – um cessar-fogo abrangente e uma negociação de paz”.

+ No Dia da Vitória, Putin diz que Ocidente trava guerra real contra Rússia

Quando questionado sobre esforços de mediação da China ou do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, Guterres desacreditou que a paz possa ser alcançada no momento, embora espere que “no futuro isso aconteça”. Ele ainda elogiou a posição de Pequim sobre a escalada nuclear ser “inaceitável”, descrevendo-a como “muito importante para evitar uma tentação que seria um absurdo intolerável”.

Enquanto isso, novos ataques russos continuam a atingir o território ucraniano na data na qual é comemorado o Dia da Vitória, quando a Alemanha nazista foi derrotada em 1945. De acordo com autoridades ucranianas, as defesas aéreas do país destruíram 23 dos 25 mísseis disparados, principalmente na capital Kiev.

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+ Rússia ataca Ucrânia com enxame de drones na véspera do ‘Dia da Vitória’

Este foi o quinto ataque russo no mês de maio e ocorreu depois que Moscou lançou um enxame de drones de combate, o maior em meses, atingindo Kiev e a cidade de Odesa, no Mar Negro, além de bombardear outras cidades. As forças ucranianas permanecem em posições defensivas enquanto planejam uma tão aguardada contra-ofensiva.

Além disso, a tensão nuclear também aumentou desde a invasão, já que o presidente Vladimir Putin repetidamente alertou que Moscou está pronta para usar seu arsenal nuclear, se necessário, para defender sua “integridade territorial”.

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