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Natalidade baixa e poucos casamentos: a bomba demográfica na Coreia do Sul

Se os dados de 2022, divulgados pelo governo, virarem tendência, projeta-se que o país perca 14 milhões de habitantes até 2070

Por Da Redação
Atualizado em 22 fev 2023, 11h54 - Publicado em 22 fev 2023, 11h39
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  • Dados oficiais divulgados nesta quarta-feira, 22, pelo Statistics Korea revelaram um aprofundamento na crise demográfica na Coreia do Sul. Não só a taxa de natalidade caiu 4,4% em relação a 2021, o terceiro ano consecutivo em que o número de mortes no país ultrapassou o de nascimentos, mas também observou uma baixa histórica no número de casamentos, que foi de apenas 193 mil no ano.

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    Apesar dos incentivos do governo para que casais tenham mais bebês, hoje, a mulher sul-coreana tem, em média, 0,78 filhos, o que torna o país o único a ter uma taxa de natalidade abaixo de 1. O índice é o mais baixo desde o início dos registros, em 1970.

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    Para os especialistas, essa queda é motivo de preocupação. Para manutenção da população da Coreia do Sul, de 52 milhões, o país deveria ter uma taxa de natalidade de pelo menos 2,1 filhos.

    Além disso, a idade média em que as mulheres dão à luz pela primeira vez também subiu para 33,5 anos em 2022, um aumento de 0,2 anos em relação a 2021. E, para cada 1 mil mulheres de 20 anos, apenas 24 bebês nascem, 3,5% menos que no ano anterior.

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    A primeira queda de população do país ocorreu no ano retrasado, em 2021 e, se a situação permanecer como está, projeta-se que restem apenas 38 milhões de sul-coreanos até 2070.

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    Os dados revelam que os jovens estão esperando mais para começar uma família, e alguns estão até desistindo de ter bebês. Afinal, criar filhos tem custo financeiro elevado, enquanto a perspectiva de emprego, em meio a uma desaceleração econômica e inflação imobiliária, é baixa. Muitas mulheres também relatam preferir sua liberdade pessoal e descartam se casar.

    A Coreia do Sul não é o único país em que os níveis de natalidade são alarmantes. No Japão, o governo recentemente alertou que o declínio da população estava levando o país “à beira da disfunção social”.

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    Ambos os países lançaram programas para encorajar a população a ter filhos, incluindo repasses de dinheiro e ajuda com tratamentos de fertilidade e despesas médicas.

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    Para lidar com o envelhecimento da população, o governo sul-coreano divulgou um pacote com objetivo de reduzir interrupções na carreira de jovens mães após darem à luz, fornecendo, também, moradia acessível e melhores oportunidades de emprego. Entre pessoas de 25 a 29 anos, a taxa de desemprego é de 5,6%, acima da média nacional de 3,6%.

    O governo ainda paga uma bolsa de 700 mil won, cerca de R$ 2.800, para famílias com crianças menores de um ano, e planeja aumentar esse valor. Até restrições a imigrantes no país estão sendo reavaliadas, o que não é bem visto pela sociedade conservadora da Coreia do Sul.

    Críticos dos programas, porém, dizem que esse tipo de iniciativa não muda o alto custo de criar filhos, nem altera o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal das mães, sobre quem ainda recai a maior parte dos cuidados com a família.

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