Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Na ONU, Silvio Almeida critica ‘punição coletiva’ de palestinos por Israel

Em reunião do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, ministro defende criação de Estado palestino e diz se opor a 'apartheid'

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h58 - Publicado em 26 fev 2024, 14h44
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, defendeu nesta segunda-feira, 26, a criação de um Estado Palestino “livre e soberano” como uma “condição imprescindível para a paz” no Oriente Médio. Na abertura da 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, ele também condenou a “punição coletiva” dos palestinos em Gaza por Israel e disse se opor “a toda forma de neocolonialismo e de apartheid”.

    “Já, em mais de uma oportunidade, condenamos os ataques perpetrados pelo Hamas e demandamos a libertação imediata e incondicional de todos os reféns”, disse ele. “Mas também reitero nosso repúdio à flagrante desproporcionalidade do uso da força por parte do governo de Israel, uma espécie de ‘punição coletiva’, que já ceifou a vida de quase 30.000 palestinos – a maioria deles, mulheres e crianças –, forçadamente deslocou mais de 80% da população de Gaza e deixou milhares de civis sem acesso a energia elétrica, água potável, alimentos e assistência humanitária básica.”

    Em 9 de outubro, dois dias após a eclosão da guerra Israel-Hamas, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, decretou “cerco total” contra a Faixa de Gaza, de forma a impedir o fornecimento de água, combustível e energia elétrica. Em janeiro, pastas das Nações Unidas alertaram para a “fome generalizada” no enclave palestino. A desnutrição enfraquece o sistema imunológico e abre espaço, então, para a proliferação de doenças infecciosas – desde o início do conflito, foram registrados mais de 79 mil casos de infecção respiratória aguda, de acordo com a ONU.

    A reunião do órgão da ONU ocorre uma semana após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparar o “genocídio” em Gaza com o Holocausto cometido pelo regime nazista de Adolf Hitler, responsável pela morte de 6 milhões de judeus, abrindo uma rixa diplomática com Israel. Além do apoio ao Estado palestino, o ministro brasileiro afirmou que é papel do Conselho “se opor firmemente a toda forma de racismo, sexismo, antissemitismo ou islamofobia”.

    + Chanceler israelense usa ato de Bolsonaro para criticar Lula

    Continua após a publicidade

    Outros temas

    Durante o discurso, que marcou o início do novo mandato brasileiro no Conselho, Almeida chamou atenção para o empenho de Brasília em combater a fome e proteger grupos vulnerabilizados, como pessoas com deficiência e pertencentes à comunidade LGBTQIAPN+. Ele destacou que o governo do petista está igualmente comprometido em aprimorar “políticas de proteção para defensores de direitos humanos, comunicadores e ambientalistas”.

    O ministro aproveitou o espaço para relembrar que o golpe militar brasileiro completará 60 anos em 2024. Ele disse que a data “inaugurou 21 anos de um regime ditatorial repressivo, violento e antipopular no Brasil, cujas sombras ainda pairam sobre a nossa sociedade”. O chefe do MDHC também argumentou que o retorno da administração Lula resgatou a “vocação universalista” no exterior e reposicionou o país “nas discussões multilaterais e nos contenciosos internacionais no campo dos direitos humanos”.

    + Chanceler israelense convoca sobrevivente para mandar novo recado a Lula

    Continua após a publicidade

    G20 e COP30

    Almeida tratou, ainda, da presidência brasileira no G20, grupo das maiores economias do mundo. Entre os dias 21 e 22, o Rio de Janeiro sediou o encontro dos ministros das Relações Exteriores do G20, dando início a 130 reuniões, parte delas presenciais, distribuídas por quinze cidades do país. Entre os tópicos elencados como prioridades pela liderança do Brasil estão:

    1. Inclusão social e combate à pobreza e à fome;
    2. Transição energética e promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental;
    3. Reforma das instituições de governança global.

    O ministro tocou, em especial, no último ponto da lista. Ele instigou os presentes na reunião a refletir sobre “o papel a ser desempenhado por este Conselho”, onde “são colocados muitos dos desafios enfrentados pela humanidade”. Além disso, Almeida reiterou a preocupação do país com o meio ambiente e a mudança do clima, citando a COP30, que será realizada em Belém, no Pará, em 2025.

    “Como sede da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em 2025, teremos a oportunidade de sublinhar a inter-relação entre a promoção do desenvolvimento sustentável e a realização dos direitos humanos, presente na Agenda 2030, e recordar a centralidade da obrigação dos países desenvolvidos em cooperar com o Sul Global para a implementação de políticas sustentáveis, conforme previsto no ODS 17 e em outros instrumentos”, pontuou.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.