Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Na China, Lula questiona uso do dólar no banco dos Brics e visita Huawei

O gigante de tecnologia chinês está no centro de disputas com os EUA; presidente brasileiro comemorou 'união de países emergentes'

Por Da Redação
Atualizado em 13 abr 2023, 11h55 - Publicado em 13 abr 2023, 08h47
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu à posse de Dilma Rousseff como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics, em Xangai, nesta quinta-feira, 13 – apelidado de banco dos Brics. O petista afirmou que “o Brasil voltou depois de uma ausência inexplicável” e discursou contra o uso do dólar como moeda predominante na economia global.

    + Com viagem à China em vista, o que esperar do Itamaraty sob Lula?

    “Por que não podemos fazer comércio lastreado na nossa moeda? Por que não podemos ter o compromisso de inovar? Quem é que decidiu que era o dólar a moeda depois que o ouro desapareceu como paridade? Por que não foi o iene? Por que não foi o real, o peso?”, ele perguntou à plateia. “Porque as nossas moedas eram fracas, não tinham valor em outros países”, concluiu.

    O posicionamento está em consonância com a reforma da ordem mundial, regida pela hegemonia americana e da Europa, que está na origem da criação do Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, algo que Pequim defende com cada vez mais afinco.

    + Lula desembarca na China para agenda que vai de Dilma a Huawei e Xi

    “A união de países emergentes é capaz de gerar mudanças econômicas e sociais relevantes para o mundo”, defendeu Lula. “O NBD (Novo Banco de Desenvolvimento) liberta países emergentes da submissão às instituições financeiras internacionais.”

    Em seguida, Lula visitou um centro de pesquisa do gigante de tecnologia Huawei. Considerada pelos americanos um risco à segurança e um braço do governo chinês, a empresa privada se vê no centro das disputas sino-americanas.

    Continua após a publicidade

    + Xi Jinping diz que exército chinês deve se preparar para ‘combate real’

    Na época das definições para o leilão do 5G no Brasil, realizado em novembro de 2021, os Estados Unidos chegaram a pressionar o Brasil a barrar a entrada de empresas da China na infraestrutura da nova geração de internet no país, acusando-as de fazer espionagem. Mas, no ano passado, a Softex apresentou duas propostas para o desenvolvimento de 5G e inteligência artificial no Brasil, com o apoio do governo brasileiro e da Huawei.

    Além de representantes da Huawei, Lula também falou com o presidente do conselho da maior empresa de construção civil do país, a China Communications Construction Company (CCCC), Wang Tongzhou. No Brasil, a CCCC investe em obras de infraestrutura, como a construção da ponte Salvador-Itaparica.

    + Viagem de Lula à China é ‘retorno de velho amigo’, diz jornal chinês

    Segundo o Itamaraty, Tongzhou expressou seu desejo de aumentar a cooperação entre empresas brasileiras e chinesas – e também propôs a criação de mecanismos de troca direta entre o yuan (moeda chinesa) e o real, tirando o dólar da jogada.

    Continua após a publicidade

    O presidente brasileiro reuniu-se ainda com o CEO da empresa de veículos elétricos BYD, Wang Chuanfu. A empresa produz ônibus elétricos e está negociando uma fábrica de automóveis elétricos na Bahia, em Camaçari.

    Por enquanto, Lula não falou com a imprensa. Assim, viu-se livre de temas espinhosos, com potencial para gerar ruídos com o país anfitrião, como democracia e direitos humanos. Seus discursos mostraram-se alinhados às posições de Pequim, o que deve gerar ruídos do outro lado do Pacífico — o argumento brasileiro de manter a “equidistância estratégica” entre parceiros em meio às disputas entre Estados Unidos e China deve parecer mais fraco agora para os americanos.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.