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Museu da Bíblia é inaugurado nos EUA com financiamento evangélico

Proprietário afirma que o objetivo do museu é incentivar o conhecimento sobre a Bíblia, mas foco excessivo no protestantismo americano é criticado

Por Carolina Marins Atualizado em 4 jun 2024, 18h50 - Publicado em 20 nov 2017, 18h20
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  • O livro mais famoso do mundo ganhou um museu em Washington, capital dos Estados Unidos. O Museu da Bíblia abriu suas portas ao público no último sábado com a promessa de fazer as pessoas apenas conhecerem o livro, sem necessariamente ter que acreditar. Críticos, por outro lado, veem o museu com desconfiança.

    Com custo próximo a 500 milhões de dólares, a construção foi financiada por empresários evangélicos. O dono é o empresário Steve Green, proprietário da rede de lojas de artesanato Hobby Lobby, que em 2014 convenceu a Suprema Corte de que empresários evangélicos mereciam isenção por motivos religiosos da obrigação de pagar a cobertura Obamacare de seus funcionários.

    O museu, que se localiza a três quarteirões do Capitólio, a sede legislativa dos Estados Unidos, abriga mais de 500 artefatos e textos bíblicos, além da maior coleção privada de rolos da Torá, o livro judaico que forma o Antigo Testamento. Entre as exposições há material sobre a influência da Bíblia na sociedade, incluindo na mídia, na moda e em  eventos da história americana e mundial

    Durante a construção, Green esteve envolvido em um caso de contrabando de 5500 artefatos do Iraque, que foram adquiridos por sua loja. Os itens foram devolvidos e a loja pagou 3 milhões de dólares em multa. Steve Green garante que nenhuma dessas peças está no museu.

    Segundo ele, o objetivo do museu é incentivar a leitura e o conhecimento sobre a Bíblia e não doutrinar as pessoas para que acreditem nela. O diretor executivo do museu, Tony Zeiss, afirmou ao New York Times que foram consultados mais de 100 estudiosos bíblicos para ajudar o museu a não ser partidário e evitar assuntos religiosos como homossexualidade e aborto.

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    “Não vamos entrar em nenhum dos debates culturais ou sociais, se possível”, afirmou Zeiss. “Nós só queremos apresentar a Bíblia como [ela] é e deixar as pessoas formarem as suas próprias ideias”.

    Visitante observa amostras do Museu da Bíblia, em Washington
    Visitante observa amostras do Museu da Bíblia, em Washington (Kevin Lamarque/Reuters)

    Por outro lado, críticos ao museu argumentam que ele apresenta apenas a visão judaico-cristã da Bíblia, com grande foco na visão do protestantismo americano e sem quase nenhuma representação do islamismo. Alguns estudiosos ainda afirmam que há partes da história da bíblia que foram omitidas.

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    Apesar da promessa de um museu apartidário, um jantar de gala em homenagem a ele foi organizado no Trump International Hotel, com a presença do filho do presidente, Eric Trump.

    O museu, que é o maior com financiamento privado de Washington, espera receber 3 milhões de visitantes em seu primeiro ano, informou a revista The Economist.

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