Dias após a flexibilização das restrições na China, o número de mortes e casos de Covid-19 voltou a aumentar no país. Em Pequim, carros funerários fazem filas na entrada de crematórios e funerárias, segundo a Reuters. A explosão de casos também afetou serviços de entrega e o comércio.
É difícil, no entanto, mensurar o impacto da disseminação do vírus no país. A China não notifica mortes pela doença desde 7 de dezembro, quando o país encerrou a política de restrições após protestos nas ruas. Na quarta-feira, o governo informou que pararia de relatar casos assintomáticos, pois se tornaram impossíveis de rastrear.
Uma reportagem da Reuters flagrou cerca de 30 carros funerários parados na entrada da funerária Dongjiao, em Pequim, e cerca de 20 sacos amarelos contendo cadáveres no chão, a poucos metros de um crematório. Funcionários ouvidos pela agência afirmam que o número de mortes aumenta com o passar dos dias e que muitos colegas acabaram sendo infectados pela enfermidade.
O canal de notícias chinês Caixin informou na sexta-feira, 16, que dois jornalistas morreram após contrair o vírus, além de um estudante de medicina de 23 anos. Ainda assim, a Comissão Nacional de Saúde não informou nenhuma alteração em seu número oficial de mortes. Em Xangai, a maioria das escolas terão aulas on-line a partir de segunda-feira por causa da alta de casos.