Morre no Líbano saudita preso por chefiar braço da Al Qaeda
Al-Majid era apontado o comandante das Brigadas Abdullah Azzam e uma das pessoas mais procurados na Arábia Saudita
Morreu neste sábado em um hospital no Líbano o saudita Majid al-Majid, preso sob acusação de liderar uma milícia sunita ligada à Al Qaeda. Ele era apontado o comandante das Brigadas Abdullah Azzam, com atuação no Líbano e recente foco na guerra civil da Síria, e uma das 85 pessoas mais procurados na Arábia Saudita.
A prisão de Al-Majid, ocorrida dias atrás, havia sido comunicada nesta sexta-feira pelos militares libaneses. De acordo com um general do Exército libanês, que falou sob condição de anonimato, o terrorista morreu de insuficiência renal.
Fundada em 2009, as Brigadas Abdullah Azzam levam o nome do terrorista palestino que foi um dos primeiros voluntários árabes a ir para o Afeganistão, nos anos 80, para combater os soviéticos. Considerado o “pai da Jihad Global”, Abdullah Azzam morreu no Paquistão em 1989, quando o veículo em que viajava explodiu. As suspeitas pela morte recaíram sobre os serviços secretos de Israel e da Jordânia.
O Departamento de Estado dos EUA reconheceu o grupo como uma organização terrorista estrangeira em 2012, congelando seus ativos no país. Em outubro de 2013, as Brigadas Abdullah Azzam assumiram a autoria do atentado contra a embaixada do Irã em Beirute. A ação deixou pelo menos 23 mortos.
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(Com Estadão Conteúdo)