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Missão da ONU fará inspeção em usina nuclear na Ucrânia nesta semana

Grupo de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) saiu de Viena nesta segunda-feira

Por Da Redação 29 ago 2022, 14h57
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  • O grupo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que irá realizar uma inspeção na usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, deixou Viena, na Áustria, e deve chegar em Kiev ainda nesta semana, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores ucraniano.

    “Espera-se que a missão comece a trabalhar na usina nuclear nos próximos dias”, escreveu o porta-voz do ministério, Oleg Nikolenko, nas redes sociais. 

    + Rússia planeja desconectar usina nuclear ocupada e arrisca nova Chernobyl

    O complexo nuclear da região, o maior da Europa, foi tomado pelo Exército russo em março, pouco depois do início da guerra, mas segue sendo administrado por técnicos ucranianos.

    Nas últimas semanas, ele se tornou um dos principais focos da guerra após Moscou e Kiev se acusarem mutuamente de atacar o local, levantando temores de um possível colapso nuclear. 

    Por meio do Twitter, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, disse que estão presentes na comitiva especialistas em segurança nuclear, que irão averiguar os danos que a usina sofreu ao longo dos meses de guerra. 

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    No último dia 18, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse estar seriamente preocupado com a situação da região depois dela ter sido bombardeada durante a guerra com a Rússia. 

    “A instalação não deve ser usada como parte de nenhuma operação militar. Em vez disso, é necessário um acordo urgente para restabelecer a infraestrutura puramente civil de Zaporizhzhia e garantir a segurança da área”, disse ele durante visita à Lviv, no oeste ucraniano. 

    No entanto, o Kremlin define como “inaceitável” qualquer proposta de desmilitarização da área ao redor do complexo e disse que considera a possibilidade de fechar as portas da usina caso novos ataques continuem acontecendo. 

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    + Na Ucrânia, chefe da ONU condena bombardeios contra usina nuclear

    A Energoatom, empresa estatal responsável pelo local, se manifestou dizendo que um fechamento aumentaria consideravelmente os riscos de “um desastre de radiação na maior usina nuclear da Europa”. Segundo a companhia, desconectar os geradores do complexo do sistema de energia impediria que eles fossem usados ​​para manter o combustível nuclear resfriado no caso de uma queda de energia na usina.

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