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Ministro da Defesa chinês desaparece, último caso de ‘sumiços’ no governo

Li Shangfu, investigado por corrupção, foi visto pela última vez no dia 29 de agosto, em Pequim; outros ministros seguiram pelo mesmo caminho anteriormente

Por Da Redação
22 set 2023, 09h54

O ministro da Defesa da China, Li Shangfu, que é investigado por corrupção em Pequim, completa 24 dias desaparecido nesta sexta-feira, 22. Este, contudo, é apenas o caso mais recente em que um alto funcionário da comitiva do presidente Xi Jinping some misteriosamente.

O desaparecimento parece se configurar, na maioria das vezes, como o primeiro sinal de que um funcionário está na mira da temida Comissão Central de Inspeção Disciplinar. O órgão de fiscalização do Partido Comunista Chinês é responsável por policiar funcionários suspeitos de violar regulamentos do partido ou leis estaduais.

Se o funcionário do governo em questão for militar, o órgão de investigação é a própria Comissão de Inspeção Disciplinar do Exército de Libertação Popular. Os atos sob escrutínio do órgão vão da corrupção à deslealdade política.

Sumiços anteriores duraram de semanas a meses. Em outro incidente recente, o antigo ministro das Relações Exteriores, Qin Gang, está desaparecido desde 25 de junho.

Relembre outros casos:

Li Shnagfu, 56, ministro da Defesa

Um dos rostos do exército da China, Li é investigado por aquisição corrupta de equipamento militar, de acordo com a agência de notícias Reuters.

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Li foi visto pela última vez em Pequim, em 29 de agosto, fazendo um discurso num fórum de segurança com nações africanas. No início daquele mês, ele visitou a Rússia e Belarus. A investigação começou logo após seu retorno.

Em 3 de setembro, seu ministério cancelou uma viagem ao Vietnã para uma reunião anual de defesa, marcada para 7 a 8 de setembro, alegando motivos de saúde.

Qin Gang, 57, ex-ministro das Relações Exteriores

Qin era uma estrela em ascensão na política chinesa até julho deste ano, quando foi destituído do cargo de chanceler sem explicação.

Ex-assessor de confiança do líder do país, Xi Jinping, e antigo embaixador nos Estados Unidos, ele foi visto pela última vez em 25 de junho, tendo reuniões em Pequim com os seus homólogos de países como a Rússia e o Vietnã.

Segundo reportagem do jornal americano The Wall Street Journal, Qin teve um caso extraconjugal enquanto era embaixador nos Estados Unidos, o que teria gerado um filho americano.

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Xiao Yaqing, ex-ministro da Indústria

Xiao, que dirigia o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, sumiu no início de julho do ano passado. Cerca de três semanas depois, a mídia estatal chinesa informou que ele estava sendo investigado por corrupção.

O político ganhou destaque por sua promoção da nova indústria de veículos elétricos da China, a maior do mundo. Ele acabou sendo expulso do Partido Comunista por suborno e demitido em dezembro.

Li Yuchao e Xu Zhongbo, ex-chefes da Força de Foguetes

Outro general militar desaparecido em combate é Li Yuchao, 60 anos, antigo encarregado dos mísseis convencionais e nucleares da China.

Em julho deste ano, Pequim anunciou uma mudança na liderança da Força de Foguetes e substituiu Li por um general da Marinha. A unidade militar também ganhou um novo comissário político: trocou Xu Zhongbo por um general da Força Aérea do Comando do Teatro Sul.

Nem Li Yuchao nem Xu Zhongbo são vistos há meses.

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