Milhares de pessoas abandonaram suas casas no Vietnã, neste sábado, 14, diante da chegada iminente do tufão Vamco às regiões centrais do país, já atingidas por várias tempestades nas últimas semanas. Segundo projeções, o fenômeno irá atingir a costa no início do domingo, após passar pelas Filipinas, onde deixou ao menos 53 mortos.
Aeroportos foram fechados e praias e proibidas, à espera do tufão que, com ventos de 100 km/h, deve tocar o solo provavelmente perto da antiga capital imperial, Hué.
“Este é um tufão muito forte”, disse o primeiro-ministro Nguyen Xuan Phuc, em um alerta sobre possíveis impactos.
As evacuações ocorrem em quatro províncias centrais, de acordo com autoridades de gestão de catástrofes, mas podem afetar outras centenas de milhares, alertam os veículos da imprensa oficial. No total, 468.000 pessoas devem ser retiradas de suas casas até o final deste sábado.
“Não houve trégua para mais de oito milhões de pessoas que vivem na região central do Vietnã”, disse Nguyen Thi Xuan Thu, presidente da Cruz Vermelha vietnamita. “Cada vez que começam a reconstruir suas vidas, são derrubados por outra tempestade”.
O centro do Vietnã foi atingido por uma série de tempestades nas últimas seis semanas, causando enchentes e deslizamentos de terra, que deixaram pelo menos 159 mortos. Ainda há 70 pessoas desaparecidas, segundo autoridades.
Nas Filipinas, por onde o tufão passou esta semana, a guarda costeira e agências governamentais lutavam neste sábado para resgatar milhares em uma província no norte do país, após o 21º ciclone deste ano. O Vamco matou ao menos 53 pessoas e feriu outras 52. Ao menos 22 ainda estão desaparecidas.
As chuvas torrenciais provocadas pelo Vamco, terceiro tufão a afetar o país nas últimas semanas, inundou áreas de Manila e das províncias vizinhas, também obrigando milhares de pessoas a deixarem suas casas.
O governo prometeu distribuir alimentos aos afetados, que ainda se recuperam das passagens dos tufões Molave e Goni, que mataram dezenas de pessoas, destruíram dezenas de milhares de casas e deixaram várias regiões do país sem energia elétrica nas últimas semanas.
Os filipinos são afetados a cada ano por 20 tempestades tropicais e tufões em média.