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México concede asilo político a Evo Morales

Segundo o ministro de Relações Exteriores mexicano, o ex-presidente da Bolívia pediu proteção um dia depois de renunciar ao cargo

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h35 - Publicado em 11 nov 2019, 18h16

O México anunciou nesta segunda-feira, 11, que concedeu asilo político a Evo Morales. Segundo o ministro de Relações Exteriores mexicano, Marcelo Ebrard, o ex-presidente da Bolívia pediu proteção um dia depois de renunciar ao cargo por pressão popular, de opositores, militares e policiais.

“Informo que há pouco recebi uma ligação do presidente Evo Morales, mediante a qual respondeu ao nosso convite e solicitou verbal e formalmente o asilo em nosso país”, confirmou o chanceler em entrevista coletiva.

Não se sabe se Evo Morales já deixou a Bolívia. O México havia feito a oferta de concessão de asilo logo após a renúncia do ex-presidente.

Segundo Ebrard, o asilo foi concedido para garantir a “segurança e a vida” de Morales e para que “sua integridade pessoal não seja posta em perigo”. 

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O governo afirmou mais cedo nesta segunda que reconhece Evo Morales como presidente “legítimo”, e denunciou que sua renúncia se deve a um “golpe” dado pelo Exército, o que classificou como um grave retrocesso para a região.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) – que marcou reunião para esta terça-feira para discutir a crise no país – foi avisada sobre a decisão.

Morales anunciou neste domingo 10 sua renuncia à presidência da Bolívia após quase 14 anos no poder, diante da onda de protestos nas últimas semanas após acusações de fraude nas eleições realizadas no último dia 20 de outubro.

Ele enviou uma carta ao Congresso oficializando a renúncia. O primeiro governo indígena do país “termina hoje, com minha renúncia obrigada à presidência do Estado Plurinacional da Bolívia, fruto de um golpe de Estado político, cívico e policial”, indica Morales em um trecho da nota, entregue na tarde de domingo e divulgada nesta segunda-feira.

Neste dia nós, “os humildes, os trabalhadores, os aimarás e quéchuas e indígenas de terras baixas, começamos o longo caminho da resistência para defender as conquistas históricas do primeiro Governo indígena”, escreveu o ex-mandatário.

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“Minha responsabilidade como presidente indígena e de todos os bolivianos é evitar que os golpistas sigam perseguindo meus irmãos”, afirmou na carta.

Mais cedo no domingo, a Organização dos Estados Americanos (OEA) recomendou a repetição do primeiro turno das eleições e Morales anunciou que o pleito seria realizado novamente com um Tribunal Supremo Eleitoral renovado. Logo depois, contudo, os chefes das Forças Armadas e da Polícia pediram publicamente que o presidente renunciasse, para colocar fim à onda de violência.

Além de Morales, o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, também renunciou ao cargo. Os próximos na linha de sucessão ao cargo de presidente, que seriam o presidente do Senado e da Câmara dos Deputados, também pediram demissão, assim como o vice-presidente do Senado.

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Na noite de domingo, a senadora da oposição Jeanine Añez, segunda vice-presidente do Senado, reivindicou o direito de assumir a presidência. O Congresso, contudo, deve se reunir nesta terça-feira, 12, para decidir um sucessor ou grupo parlamentar para comandar o país até a realização de eleições.

Noite de saques e violência

Após a renúncia de Morales, a capital da Bolívia, La Paz, registrou confrontos violentos com edifícios incendiados e saques a lojas e outros negócios.

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O ex-presidente denunciou pelo Twitter que sua casa e de sua irmã foram assaltadas. Segundo Morales, grupos violentos da oposição também teriam ameaçado ministros de seu governo e suas famílias.

Waldo Albarracín, acadêmico e figura destacada da oposição, também tuitou que sua casa foi incendiada por apoiadores de Morales.

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