Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Mesmo após concessões de Piñera, 1 milhão protesta na capital chilena

O país está marcado pelo alto nível de repressão dos protestos, que já deixaram ao mínimo 19 mortos, somente em uma semana

Por Estadão Conteúdo 25 out 2019, 21h08

A capital do Chile é palco de um protesto que reúne cerca de 1 milhão de pessoas nesta sexta-feira, 25, na Plaza Itália, principal ponto de encontro dos manifestantes que há uma semana vão às ruas de Santiago e de todo o país para protestar contra o governo do presidente Sebastián Piñera e a falta de condições econômicas para a população mais pobre.

A informação foi fornecida pela governadora da região metropolitana, Karla Rubilar, por meio de sua conta no Twitter.

Bandeiras chilenas, apitos, cartazes e panelas são levados pelos manifestantes, que se concentram em uma marcha pacífica. O país está marcado pelo alto nível de repressão dos protestos, que já deixaram ao mínimo 19 mortos, somente em uma semana, enquanto denúncias de torturas e agressões feitas pela polícia e pelo Exército são feitas por institutos de proteção aos direitos humanos.

O alto índice de feridos e mortos fez com que a alta-comissária para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, enviasse uma equipe para investigar as denúncias. O convite foi feito pelo próprio Piñera.

Continua após a publicidade

Os manifestantes, que até o momento não são representados por organizações ou partidos políticos, expressam demandas de melhores salários, pensões e ensino público. As manifestações são as maiores desde o restabelecimento da democracia no país, após a ditadura do ex-presidente Augusto Pinochet (1973-1990).

Piñera chegou a pedir “perdão” nesta semana pela “falta de visão” em relação às mobilizações no país. A agenda social anunciada pelo presidente na quarta-feira inclui um aumento de 20% nas pensões e de 16% no salário mínimo, além de um projeto para reduzir os preços de medicamentos e reduzir o salário dos parlamentares, que recebem US$ 14 mil.

Nesta sexta, o presidente assinou um projeto que prevê um aumento de US$ 30 nas pensões dos mais pobres, que recebem em média US$ 150. A medida favorecerá cerca de 600 mil pessoas. A maioria dos chilenos ganha entre 400 mil e 500 mil pesos, equivalente entre US$ 562 a US$ 762, que não cobrem as necessidades básicas da população.

Continua após a publicidade

Também nesta sexta, o Congresso chileno foi fechado após a tentativa de invasão de centenas de manifestantes, em Valparaíso. Houve confronto com a polícia, que lançou bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Enquanto os congressistas eram retirados, grupos de manifestantes encapuzados armavam barricadas e jogavam pedras contra os policiais militares, chamados de carabineros.

Na quinta, o Congresso aprovou um projeto de lei que reduz as tarifas de energia, enviado por Piñera.

Continua após a publicidade

Na periferia da capital, caminhoneiros e cidadãos que utilizam o transporte público do país bloquearam estradas também nesta sexta, após terem decretado greve geral. Os caminhões circulavam lentamente pela rota que une o país de norte a sul, onde se somaram motoristas e ciclistas com bandeiras chilenas e cartazes.

Apesar de uma série de problemas, os protestos culminaram após o decreto de um aumento de 30 pesos na tarifa do metrô, que passaria a custar 830 pesos, o equivalente a aproximadamente US$ 1. O governo também voltou atrás com o decreto, mas mesmo assim os manifestantes seguem pedindo a renúncia de Piñera.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.