Merkel fala em ‘esperança cautelosa’ e mantém rigor com isolamento
Números de contaminações e de mortes por coronavírus vêm caindo na Alemanha, mas chanceler diz ser muito cedo para afrouxar a quarentena
A chanceler alemã Angela Merkel expressou em pronunciamento nesta quinta-feira, 9, em Berlim, sua “esperança cautelosa” em relação à diminuição de número de casos de infecções e mortes por coronavírus no país. Segundo ela, há indícios de que as medidas estão dando resultado, mas as restrições de isolamento social devem ser rigorosamente mantidas na Alemanha.
“Os últimos desenvolvimentos nos dão motivos para uma esperança cautelosa”, afirmou Merkel. “Mas não podemos ser imprudentes e nos deixar levar por uma falsa sensação de segurança.” Durante o fim de semana de Páscoa e com as temperaturas aumentando com a aproximação do verão, Merkel alertou que a população não ceda à tentação de sair de casa sem necessidade.
“Sei disso por experiência própria: você tem um pouco de esperança, depois ganha confiança, fica um pouco mais relaxado e acaba sendo um pouco imprudente. Temos de ter muito, muito cuidado”, completou a chanceler.
No último dia 23 de março, a Alemanha anunciou a expansão das restrições de quarentena, ao proibir aglomerações públicas de mais de duas pessoas sob pena de multa de até 25.000 euros (cerca de 138.000 reais).
Na última semana, a contagem diária de novas infecções na Alemanha caiu de 7.000 para uma média de 4.000. Merkel atribuiu o resultado a um planejamento antecipado e à eficiência do sistema de saúde do país.
Segundo os últimos dados da Universidade Johns Hopkins, pouco mais de 2.300 pessoas morreram de Covid-19 na Alemanha, número bem inferior ao dos países vizinhos – cerca de 17.000 na Itália, 15.000 na Espanha, 10.000 na França e 7.000 no Reino Unido.