Merkel afirma que Islã e muçulmanos são ‘parte’ da Alemanha
A afirmação é uma crítica ao ministro de Interior, Horst Seehofer, que disse que o islamismo "não pertence" ao país

A chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou nesta quarta-feira que o Islã e os muçulmanos “são parte” de seu país, durante um debate sobre a identidade cultural da Alemanha. A afirmação contradiz uma declaração feita pelo ministro de Interior, Horst Seehofer, que disse que o islamismo “não pertence” ao país.
Esta foi a primeira declaração do seu governo ao listar as principais iniciativas do seu quarto mandato. Atualmente, a Alemanha tem 82 milhões de habitantes e 4,5 milhões são muçulmanos.
“Eles e a sua religião já são parte de nosso país”, disse ela, sobre a nação, historicamente cristã.
A grande maioria destes muçulmanos, defendeu a chanceler, “rejeita o radicalismo” e pratica a sua religião “de forma pacífica e de acordo com a Constituição”.
Merkel acrescentou que a violência, a xenofobia, o racismo e o antissemitismo “não acontecem” na Alemanha e que a liberdade religiosa é un dos fundamento do país. A convivência dentro da diversidade cultural e religiosa, argumentou a chefe do governo alemão, “se baseia na lei”.
A líder da União Democrata-Cristã (CDU) se posicionou claramente contra Seehofer, o líder da União Social-Cristã (CSU), que em sua primeira entrevista como ministro de Interior disse que “o Islã não pertence à Alemanha”.
(Com EFE)