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Ministro alemão afirma que Islã “não pertence à Alemanha”

Membro de partido aliado a Angela Merkel afirma reacende debate sobre espaço do Islã na sociedade alemã

Por AFP
16 mar 2018, 18h50

O ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer, de um partido aliado da chanceler Angela Merkel, afirmou em uma entrevista que o Islã “não pertence à Alemanha”, reavivando o debate sobre o espaço do islamismo na sociedade alemã.

“Não. O Islã não pertence à Alemanha. A Alemanha está moldada pelo cristianismo. Os domingos livres, as festas cristãs e os rituais como a Páscoa, Pentecostes ou o Natal são parte disto”, afirmou ao jornal Bild o líder do partido conservador União Social-Cristã (CSU) da Baviera, aliado a Merkel.

Seehofer completou, no entanto, que “os muçulmanos que vivem no país evidentemente pertencem a Alemanha”.

“Certamente isto não significa que abandonamos nossas tradições e usos tradicionais por falsas considerações”, disse Seehofer, cujas responsabilidades ministeriais também incluem um inédito “ministério da Pátria”.

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As declarações foram divulgadas dois dias depois da reeleição de Merkel para um quarto mandato como líder de uma coalizão entre conservadores e social-democratas.

O novo debate sobre o tema faz referência a uma polêmica criada em 2010 por uma frase pronunciada pelo presidente alemão da época, Christian Wulff, que afirmou que o Islã pertence à Alemanha.

Esta frase foi retomada por Merkel em várias oportunidades e gerou um amplo debate sobre o espaço do Islã em uma Alemanha na qual mais de quatro milhões de muçulmanos vivem atualmente e que, por iniciativa de Merkel, recebeu desde 2015 mais de um milhão de refugiados, a maioria procedentes de países de maioria muçulmana.

O partido CSU de Seehofer critica a política migratória de Merkel e conseguiu impor em sua aliança com o governo um limite ao número de refugiados que o país pode receber a cada ano: entre 180.000 e 220.000.

Horst Seehofer também afirmou na entrevista ao Bild que convocará uma conferência sobre o Islã para discutir os problemas de integração dos muçulmanos na Alemanha.

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“Minha mensagem é esta: os muçulmanos têm que viver conosco, não ao nosso lado ou contra nós. Para chegar a isto, precisamos de compreensão e consideração mútua. Isto só pode ser alcançado conversando uns com os outros”.

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