Theresa May assina nesta sexta-feira a carta de renúncia como líder do Partido Conservador britânico, mas permanecerá como primeira-ministra interina do Reino Unido até a escolha do seu sucessor.
Há duas semanas, ela anunciou sua intenção de renunciar, depois das pressões internas de seu partido pelo descontentamento sobre o acordo do Brexit que negociou com a União Europeia (UE).
Na próxima segunda-feira, começará o processo para eleger o novo líder “tory” e chefe do governo britânico, para o qual apareceram mais de dez deputados conservadores, entre eles o ex-ministro das Relações Exteriores Boris Johnson; o atual detentor da pasta, Jeremy Hunt, e o ministro do Meio Ambiente, Michael Gove.
A expectativa é que a ainda primeira-ministra remeta a carta com sua renúncia aos presidentes interinos do chamado “Comitê 1922” – que reúne os deputados conservadores sem ministério -, Charles Walker e Cheryl Gillan, e não está prevista nenhuma declaração.
Ao comunicar sua decisão de deixar o poder, Theresa May disse há duas semanas em sua residência em Downing Street, em Londres, que lamentou profundamente não ter conseguido materializar o Brexit.
O pacto negociado com Bruxelas por quase dois anos foi rejeitado três vezes pela Câmara dos Comuns e forçou o Reino Unido a adiar sua saída da UE, do último 29 de março para 31 de outubro deste ano.
Os britânicos votaram a favor do Brexit no referendo realizado em 23 de junho de 2016.
Os aspirantes ao cargo de Theresa May deverão apresentar as suas candidaturas a partir de segunda-feira, antes que haja uma série de votações – dias 13, 18, 19 e 20 – entre os deputados conservadores a fim de ir eliminando candidatos até que fiquem apenas dois.
Esses últimos serão submetidos ao voto dos membros do Partido Conservador e o vencedor deverá ser anunciado em julho.
(Com EFE)