Pouco após o término da reunião bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Volodymyr Zelensky, nesta quarta-feira, 20, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, concedeu entrevista coletiva em que fez um resumo da atuação brasileira em Nova York até o momento.
O ministro passeou sobre vários temas já mencionados por Lula durante seu discurso de abertura, com a importância de diminuir a desigualdade, a fome e a defesa dos trabalhadores. O assunto do momento, a guerra na Ucrânia, contudo, acabou se tornando o ponto central.
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E, então, após tecer a mesma narrativa defendida por Lula e Celso Amorim ao longo dos últimos meses, de uma intransigente busca pela paz por meio do diálogo, Vieira encerrou a coletiva expondo de maneira inequívoca o motivo de Zelensky não ter aplaudido a fala de Lula na ONU. Expôs também, na mesma tacada, a razão de tantas críticas direcionadas à diplomacia brasileira por um posicionamento cada vez mais entendido por muitos como sendo pró-Rússia.
No dia mais importante em toda a semana de Assembleia Geral, e menos de uma hora após ter estado com Zelensky e a diplomacia ucraniana, o chanceler declarou que o Brasil busca “um tipo de entendimento que melhore o sofrimento das populações e as mortes dos dois lados, que já são muito elevadas”.
E assim se despediu dos jornalistas.