O ex-jogador argentino Diego Maradona acusou nesta quarta-feira o presidente de seu país, Mauricio Macri, de vir “de uma família de ladrões” e de afundar a Argentina com políticas afastadas dos interesses da maioria. As declarações foram dadas durante uma entrevista à rede de televisão Telesur, da Venezuela, na qual Maradona apresentará um programa esportivo a partir de dezembro.
“Não é Mauricio Macri que nos está roubando, ele vem de família de ladrões”, disse Maradona, apontando que o pai do presidente argentino, Franco Macri, “devia milhões de dólares”, mas que essa dívida estava resolvida de forma pouco clara. O ex-jogador lamentou que os argentinos “sigam votando” em Macri, a quem chamou de “filho de mamãe”.
“Macri não conhece o barro”, disse Maradona para ilustrar o distanciamento de Macri com as classes populares. O ex-jogador se referia a um episódio no qual o presidente argentino visitou o bairro de La Boca, na capital Buenos Aires, e chamou o barro nas ruas de “lama”. “Filho de mamãe! Água e terra vira barro”, ironizou.
Maradona está na Venezuela desde a última segunda-feira com parte de sua família, numa visita onde reiterou seu apoio ao presidente venezuelano Nicolás Maduro. Na entrevista, o argentino declarou estar “fechado com Maduro”. “Sigo com ele, e morrerei com ele”, afirmou.
O ex-jogador também direcionou suas críticas ao presidente americano Donald Trump e ao presidente do Brasil, Michel Temer. “Eles poderiam fazer muito pelo povo, mas estão mais interessados em aparecer na televisão, e esse não é o trabalho deles”, disse o “soldado de Maduro”, como se declarou durante a entrevista para a Telesur.
(com EFE)