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Manifestações no Líbano acabam em confronto com duzentos feridos

Manifestantes protestam contra os políticos do país e os culpam pela crise econômica

Por Redação
Atualizado em 18 jan 2020, 22h15 - Publicado em 18 jan 2020, 22h13
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  • Em Beirute, capital do Líbano, milhares de manifestantes marcharam neste sábado, 18, em direção ao Parlamento para protestar contra os políticos do país, acusados de levar a economia à crise financeira. A polícia utilizou de bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersá-los, mas uma batalha entre a as autoridades e os manifestantes se instaurou no local. O confronto deixou mais de duzentas pessoas feridas.

    Segundo a Cruz Vermelha, tanto manifestantes quanto policiais tiveram que receber cuidados médicos. Imagens nas redes sociais mostram civis atirando pedras, disparando fogos de artifício e arremessando coquetéis molotov contra as forças de segurança, que respondiam com bombas de gás e jatos de água.

    No Twitter, a direção de polícia do Líbano afirmou que seus agentes estavam expostos a ataques violentos e diretos em um dos acessos ao Parlamento. Por esse motivo, o órgão pediu que os “manifestantes pacíficos” ficassem longe do local. Com gritos de “não vamos pagar o preço”, a manifestação de hoje ganhou o nome de “sábado de raiva”.

    O primeiro-ministro, Saad Hariri, que renunciou ao cargo em outubro devido à pressão das ruas, mas que segue no poder interinamente até que um novo governo seja formado, denunciou que houve “atos de sabotagem” para ameaçar a “paz social” do país.

    Hariri também afirmou que não permitirá que Beirute volte a ser palco de “destruição e frentes de combate”, uma referência à guerra civil vivida pelo país entre 1975 e 1990, quando a cidade foi dividida em regiões controladas por diferentes facções religiosas.

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    Os protestos no Líbano voltaram a ganhar força nesta semana depois de um breve período de trégua durante as festas de fim de ano. O Parlamentar Hasan Diab foi encarregado de formar um novo governo depois da renúncia de Hariri, mas ainda não teve sucesso. Os manifestantes exigem que o novo primeiro-ministro seja independente e tenha experiência para tirar o país de uma profunda crise econômica.

    (Com EFE)

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