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Mais um efeito da pandemia: moedas somem nos EUA

Ao mesmo tempo, demanda por dinheiro em espécie cresce no país

Por Da Redação
Atualizado em 18 jun 2020, 14h15 - Publicado em 18 jun 2020, 11h41

Nada de oferecer balinhas ou pedir para “ficar devendo”. Troco nos Estados Unidos é coisa séria. Não importa o valor da compra, todos os estabelecimentos dão o troco contadinho, incluindo as moedas de centavos, que ocupam espaço no bolso, mas valem pouco. Mas a pandemia de Covid-19, que deixou a economia dos Estados Unidos paralisada por meses, trouxe seus reflexos também nessa área. O país começou a enfrentar a escassez de moedas, segundo o presidente do Federal Reserve Bank, o banco central americano, Jerome Powell.

“Com o fechamento parcial da economia, o fluxo de moedas está meio que parado”, disse Powell.

Na segunda-feira, o banco central americano informou que a emissão e distribuição de moedas estão sendo racionadas. “Estamos cientes disso e estamos trabalhando com a Mint (onde o dinheiro é fabricado) e com os bancos de reserva (…) Sinto que estamos progredindo” em resolver a situação, afirmou Powell.

Segundo o jornal Wall Street Journal, o depósito de moedas em bancos caiu aproximadamente 50% em março, o que dificulta a circulação. Ao mesmo tempo, o Fed disse que a demanda por dinheiro em espécie aumentou no país, o que agravou a escassez.

Os dados mais recentes mostram que, até maio, quase dois trilhões de dólares de dinheiro em espécie circulavam no país. O que representa um aumento de quase 200 bilhões de dólares em relação ao montante que circulava em março, no início da pandemia no país. Ironicamente, uma maior circulação de moedas e cédulas nos Estados Unidos poderia aumentar os casos de Covid-19, já que elas passam de mãos em mãos.

Os Estados Unidos foram o país mais atingido pela pandemia. São mais de 40 milhões de pessoas que perderam seus empregos no país, e segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI),  o crescimento global cairá em 3%, enquanto os americanos irão sentir uma contração de 5,9% em 2020. Um motivo a mais para os americanos segurarem cada centavo no bolso. 

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