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Mais de 900 marinheiros dão positivo para Covid-19 em porta-aviões francês

Diretora do Serviço de Saúde do Exército reconheceu que é impossível diagnosticar todas as unidades militares, assim como generalizar o uso das máscaras

Por AFP
Atualizado em 17 abr 2020, 13h44 - Publicado em 17 abr 2020, 12h42
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  • Um total de 940 marinheiros da França apresentou resultado positivo para a Covid-19 no porta-aviões “Charles de Gaulle” e no grupo aeronaval que o acompanha, informou a diretora do Serviço de Saúde do Exército (SSA), doutora Marilyne Gygax Généro, nesta sexta-feira, 17.

    Segundo Marilyne, que compareceu à Comissão das Relações Exteriores, Defesa e Forças Armadas do Senado, todos os membros da tripulação foram submetidos a testes de diagnóstico. Os dados anteriores relatavam 668 casos positivos. Ao todo, 2.300 pessoas estavam a bordo.

    “Somos e seremos transparentes”, disse a diretora, citada em comunicado da comissão. “O contágio no porta-aviões é um evento absolutamente importante (…) Sem dúvida, haverá consequências a serem tiradas no final desta crise”.

    O presidente da comissão, Christian Cambon, disse que pedirá à ministra da Defesa, Florence Parly, testes de diagnóstico sistemáticos nas Forças Armadas antes de qualquer operação. “Não é lógico que os militares não passem por testes antes de iniciarem uma missão, por sua segurança, mas também pela eficácia da operação”, afirmou.

    Segundo o comunicado, a diretora reconheceu que, atualmente, é impossível diagnosticar todas as unidades militares, assim como generalizar o uso das máscaras. “O SSA responde na altura de seus meios, que não foram projetados para responder a uma situação nacional de saúde pública”, acrescentou.

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    No porta-aviões, 500 marinheiros apresentaram sintomas, 20 estão hospitalizados, um deles em estado grave. Os marinheiros que deram negativo foram colocados em quarentena em um complexo militar.

    O porta-aviões nuclear chegou ao porto de Toulon (sul) no domingo, duas semanas antes do previsto. A origem dos contágios é um enigma. A tripulação, em missão há três meses, não esteve em contato com o exterior desde uma escala em Brest (oeste), de 13 a 16 de março.

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