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Mais de 800 autoridades dos EUA e Europa condenam ações de Israel em Gaza

Carta aberta critica leniência de seus próprios governos com 'graves violações do direito internacional' cometidas por Tel Aviv

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h35 - Publicado em 2 fev 2024, 08h48
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  • Em carta publicada nesta sexta-feira, 2, mais de 800 autoridades dos governos nos Estados Unidos e na Europa denunciaram que as posturas dos seus próprios países em relação à guerra Israel-Hamas na Faixa de Gaza podem constituir “graves violações do direito internacional”.

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    “Existe um risco plausível de que as políticas dos nossos governos estejam contribuindo para graves violações do direito internacional, crimes de guerra e até limpeza étnica ou genocídio”, afirmou o texto.

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    A chamada “declaração transatlântica” declara que seus próprios governos correm o risco de serem cúmplices de “uma das piores catástrofes humanas deste século”. É o mais recente sinal da pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu, vinda inclusive de alguns dos principais aliados de Israel no Ocidente.

    Críticas abertas

    A declaração foi assinada por funcionários públicos dos Estados Unidos, da União Europeia e de 11 países europeus, incluindo o Reino Unido, França e Alemanha. O texto afirma que Israel não demonstrou “nenhum limite” nas suas operações militares em Gaza, “o que resultou em dezenas de milhares de mortes de civis evitáveis, […] e no bloqueio deliberado de ajuda humanitária, colocando milhares de civis em risco de inanição e morte lenta”.

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    As autoridades argumentam que a natureza do apoio militar, político ou diplomático dos seus governos a Israel “sem condições ou responsabilização” não só arrisca mais mortes do lado palestino, mas também põe em perigo as vidas dos reféns israelenses detidos pelo grupo terrorista Hamas, bem como a própria segurança de Israel e a estabilidade do Oriente Médio.

    “As operações militares de Israel desconsideraram todos os importantes conhecimentos de contraterrorismo adquiridos desde o 11 de setembro. A operação não contribuiu para o objetivo de Israel de derrotar o Hamas e, em vez disso, aumentou a força do Hamas, do Hezbollah e de outros atores negativos”, afirmou a declaração.

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    Sem espaço para argumento

    As identidades dos signatários não foram reveladas. No entanto, segundo a emissora britânica BBC, quase metade são funcionários com pelo menos uma década de experiência no governo.

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    Os responsáveis pela carta dizem que tentaram expressar as suas preocupações internamente com seus respectivos governos, mas foram “rechaçados por considerações políticas e ideológicas”.

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    A declaração sugere ainda que não parece não haver uma estratégia viável para neutralizar, de forma eficaz, a ameaça do Hamas, nem uma solução política para garantir a segurança de Israel a longo prazo. Em apelo aos governos dos Estados Unidos e da Europa, pede que “parem de afirmar ao público que existe uma lógica estratégica e justificável por detrás da operação israelense”.

    Em resposta à carta, autoridades israelenses rejeitaram as críticas. A embaixada de Israel em Londres comunicou que estava sujeita ao direito internacional, dizendo: “Israel continua a agir contra uma organização terrorista genocida que comete crimes de guerra, bem como crimes contra a humanidade.”

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