O maior vulcão ativo do mundo, o Mauna Loa, entrou em erupção nesta segunda-feira, 28, pela primeira vez em quase 40 anos, provocando um alerta para grande quantidade de cinzas no Havaí e em regiões próximas.
De acordo com a Autoridade de Turismo do estado americano, a erupção no Parque Nacional dos Vulcões não está ameaçando comunidades próximas nem interrompendo o fluxo de voos. No entanto, é esperado que algum volume de cinzas se acumule em parte da ilha.
+ Estátuas da Ilha de Páscoa sofrem ‘danos irreparáveis’ após incêndio
“Pessoas com doenças respiratórias devem permanecer em ambientes fechados para evitar a inalação das partículas de cinzas e quem estiver fora deve cobrir a boca e o nariz com uma máscara ou pano”, destacou o Serviço Nacional de Meteorologia de Honolulu, que alertou também para possíveis danos às plantações e aos animais.
Segundo o Observatório de Vulcões do Havaí, o fluxo de lava está contido na área do cume e não ameaça as comunidades na encosta, mas a dinâmica da erupção pode mudar a situação rapidamente.
O Mauna Loa, que cobre metade da ilha principal do Havaí, entrou em erupção 33 vezes desde 1843 e está adormecido desde 1984, o maior período de silêncio do vulcão desde o início dos registros.
Apesar da calmaria, o vulcão esteve recentemente em estado elevado de agitação, que apontou em uma atualização no final do mês passado para atividade sísmica elevada e aumento das taxas de terremotos.
Dados levantados pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos mostram que a atividade de tremores de terra na região aumentou de cinco a 10 por dia desde junho para 10 a 20 entre julho e agosto e, entre 23 e 29 de setembro, mais de 100 terremotos diários foram registrados.