Pelo menos 31 refugiados e migrantes morreram nesta quarta-feira, 24, depois que um bote afundou no Canal da Mancha, tentando atravessar da França para a Inglaterra.
A agência de migração das Nações Unidas, a Organização Internacional para as Migrações, classificou o incidente como a maior perda de vidas no Canal desde o início da coleta de dados em 2014.
O bote afundou na costa norte de Calais, e as autoridades locais informaram que as buscas para procurar sobreviventes foram feitas no meio da noite, com auxílio de três barcos e três helicópteros.
Pescadores chamaram o serviço de resgaste depois de ver o bote vazio, e pessoas flutuando no mar. Acredita-se que mais pessoas que o normal deixaram a costa francesa, devido as condições do mar calmo.
O presidente francês Emmanuel Macron disse que seu país não deixaria o Canal da Mancha se tornar um cemitério.
“Meus pensamentos estão com os muitos desaparecidos e feridos, vítimas de contrabandistas que exploram sua angústia e miséria”, escreveu o Primeiro Ministro francês, Jean Castex, em seu twitter.
O Primeiro Ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também se pronunciou, afirmando estar “chocado e profundamente triste”.
“Meus pensamentos e condolências para as vítimas e suas famílias e é uma coisa terrível que tenham sofrido. Mas este desastre ressalta o quão perigoso é cruzar o Canal desta forma ”, acrescentou.
Mesmo com os riscos, o número de pessoas que fazem travessias em botes e pequenas embarcações no Canal da Mancha este ano aumentou significativamente.
De acordo com as autoridades francesas, 7.800 pessoas foram resgatadas no mar durante essa travessia, números que dobraram desde agosto.