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Macron diz a Putin que irá retaliar uso de armas químicas

Na primeira visita de um chefe de Estado estrangeiro à França desde que Macron assumiu o cargo, os líderes conversaram sobre conflitos na Síria e na Ucrânia

Por Da redação
29 Maio 2017, 14h41
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  • O presidente da França, Emmanuel Macron, recebeu o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no Palácio de Versalhes nesta segunda-feira e disse ter tido uma conversa “extremamente franca” e direta com o líder russo. Segundo Macron, os dois conversaram sobre terrorismo, o uso de armas químicas na Síria e a questão da guerra civil na Ucrânia.

    O presidente francês exaltou as relações com Moscou durante a coletiva de imprensa, dizendo que nada é possível sem um diálogo com a Rússia e que nenhum progresso pode ser feito na Síria e na Ucrânia sem uma conversa “honesta” com Putin. Macron disse que a França irá trabalhar junto com os russos em relação à guerra síria nas próximas semanas mas deixou claro que responderá a todo uso de armas químicas no conflito. “Existe uma linha vermelha muito clara. O uso de armas químicas por quem quer que seja – e portanto qualquer uso de armas químicas – resultará em represália e uma resposta imediata”, disse Macron.

    Segundo o francês, combater o terrorismo é a “prioridade absoluta” de Paris no país árabe. Os dois países estão em lados diferentes no conflito sírio: Putin apoia o presidente da Síria, Bashar al-Assad, e Macron faz parte da coalizão que defende os grupos rebeldes e acusa Assad de ter usado armas químicas no passado.

    Putin afirmou que Macron conhece bem a posição da Rússia sobre o conflito da Síria. “Não podemos lutar contra a ameaça terrorista destruindo o Estado”, explicou. Por isso, o presidente russo defendeu uma união de esforços na luta contra o terrorismo e pediu um foco maior nos pontos de acordo do que nas diferenças existentes entre os dois países.

    Questionados sobre uma possível interferência de Moscou nas eleições presidenciais francesas, Macron afirmou que os dois não discutiram o assunto e que é preciso “seguir em frente” em relação a isso. Já Putin disse que a alegação “não leva a lugar nenhum”.

    Esta foi a primeira visita de um chefe de Estado estrangeiro à França desde que Macron assumiu o cargo no último dia 14 de maio. Putin participará ainda hoje da inauguração de uma exposição sobre a visita realizada ao país pelo czar Pedro, o Grande, em 1717, e sobre os 300 anos de relações diplomáticas entre franceses e russos.

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