Macron deve conseguir maioria folgada na França
O partido Republica em Marcha deverá ter 400 das 577 cadeiras
Se os resultados iniciais do primeiro turno das eleições legislativas na França se confirmarem, o presidente Emmanuel Macron não terá problemas para governar.
O partido A República em Marcha, que Macron fundou em abril de 2016, e seu aliado Modem, devem obter uma maioria folgada no Parlamento, com 400 dos 577 lugares.
Uma pesquisa estima que o número final deva ficar entre 415 e 445. Outra, entre 400 e 445.
Com apoio legislativo, Macron não deverá ter problemas para aprovar as reformas trabalhistas que pretende, ainda que os sindicatos sejam fortes na França.
Um segundo turno, marcado para o dia 18, determinará o número real de assentos que Macron terá. Na França, os candidatos são eleitos no primeiro turno se tiverem mais de 50% votos em um distrito eleitoral. Caso ninguém consiga essa marca, todos os que tiveram mais de 12,5% dos votos concorrem no segundo turno, no final de semana seguinte.
Eleito nas presidenciais de abril e maio, Macron está em seu melhor momento, tanto na França como no exterior. Ao se opor tanto ao presidente russo Vladimir Putin como ao americano Donald Trump, ele mostrou coerência, ganhou o apoio dos jovens e dos que defendem a globalização.
O partido Frente Nacional, de Marin Le Pen, que ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais, deverá ficar com menos de dez cadeiras. Nos distritos em que seus candidatos da Frente Nacional aparecem com melhores chances, eles acabam sendo prejudicados pela alta rejeição, uma vez que todos os franceses que apoiam outros partidos fazem voto útil para impedi-los de chegar ao Parlamento.