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Macri amplia coalizão chamando líder peronista para vice

Miguel Pichetto foi um dos aliados do ex-presidente Carlos Menem, mas depois migrou para o kirchnerismo

Por AFP Atualizado em 12 jun 2019, 02h21 - Publicado em 12 jun 2019, 01h12
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  • O presidente argentino, Mauricio Macri, decidiu ampliar sua coalizão de governo ao escolher, nesta terça-feira 11, um dos líderes peronistas do Senado para acompanhá-lo na sua chapa como vice-presidente na disputa eleitoral de 27 de outubro.

    “Quero anunciar que Miguel Ángel Pichetto me acompanhará como candidato a vice-presidente da Nação”, escreveu Macri nas redes sociais.

    Em uma jogada política surpreendente, o presidente liberal que aspira à reeleição optou pelo chefe do bloco Justicialista Federal (peronista de direita) no Senado. É um advogado de 68 anos, feroz inimigo político da ex-presidente e senadora opositora Cristina Kirchner.

    A chapa Macri-Pichetto enfrentará a de Alberto Fernández-Cristina Kirchner, que representa os setores de centro-esquerda do peronismo.

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    “Precisamos construir acordos com muita generosidade e patriotismo onde todos os argentinos que compartilham esses valores contribuam de seus lugares”, disse Macri em sua mensagem.

    “É um homem de Estado, que com o passar dos difíceis anos de governo soube conhecer e respeitar seu compromisso com a Pátria e as instituições”.

    Pichetto declarou em entrevista coletiva “que compartilha com o governo uma visão capitalista que signifique que se exporte, que se abram mercados, que siga adiante a Vaca Muerta (exploração de hidrocarbonetos não convencionais no sul), que se apoie o setor agropecuário e os empreendedores tecnológicos”.

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    O candidato a vice reafirmou sua oposição à prisão preventiva de políticos acusados de corrupção enquanto aguardam uma sentença definitiva. “Sou contra a prisão preventiva antecipada”.

    Até agora a coalizão de governo Cambiemos unificava a social-democrata União Cívica Radical ao partido de direita Proposta Republicana (PRO).

    Pichetto foi um dos aliados do ex-presidente peronista de direita Carlos Menem (1989-99) no Senado, mas depois migrou para o kirchnerismo no governo de Néstor Kirchner (2003-2007).

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    No final do segundo governo de Cristina Kirchner (2007-2011 e 2011-2015), Pichetto passou para a oposição. Desde então, ele apoiou as iniciativas de lei de Macri e foi seu maior aliado no Senado.

    A Bolsa de Buenos Aires reagiu positivamente ao anúncio de Macri e subiu 5,02%.

    Para definir o cenário final das próximas eleições, falta o anúncio sobre se o peronismo de esquerda, ligado a Kirchner e seus aliados, formará ou não uma coalizão com a Frente Renovadora, do ex-deputado Sergio Massa, outra corrente do peronismo.

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    “O diálogo com a Frente Renovadora para a construção de uma grande coalizão opositora, diante da magnitude da crise no país, tem frutificado. Amanhã (quarta-feira) vamos anunciar a decisão”, disse em entrevista coletiva José Luis Gioja (presidente do partido peronista).

    O peronismo está dividido em várias facções, mas o eleitorado se polariza entre Macri e Cristina Kirchner, vice de Alberto Fernández.

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