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Lula visita papa Francisco em busca de protagonismo na questão da Ucrânia

Ambos têm visões semelhantes sobre o caminho para a paz na Europa, mas suas tentativas de mediação foram descartadas pelos ucranianos

Por Amanda Péchy
Atualizado em 20 jun 2023, 12h06 - Publicado em 20 jun 2023, 09h50
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  • Lula em avião
    Lula em avião (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega em Roma, na Itália, nesta terça-feira, 20, para uma reunião com o papa Francisco, agendada para o dia seguinte. Embora tenha muitos temas em pauta, como combate à fome, além de encontros com outras figuras, como o sociólogo Domenico de Masi e o presidente italiano, Sergio Mattarella, a viagem faz parte da série de tentativas do petista em se posicionar como mediador do conflito entre Rússia e Ucrânia.

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    Tanto Lula quanto o líder de Cuba, Miguel Díaz-Canel, que também tem audiência com o papa nesta terça-feira, 20, são vistos como pessoas que mantêm canais de comunicação abertos com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Assim, poderiam abrir o caminho de Matteo Zuppi, o cardeal italiano que atua como uma espécie de diplomata do pontífice, até expoentes do Kremlin.

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    “[O papa] está muito interessado em acabar com a guerra da Ucrânia e da Rússia. Eu também quero conversar com ele sobre essa questão da paz”, disse Lula na transmissão do programa “Conversa com o Presidente”, na segunda-feira 19.

    Francisco e o presidente brasileiro têm uma visão convergente sobre as futuras negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Ambos afirmam buscar um consenso para levar os dois lados do conflito à mesa de negociações o quanto antes, com Lula propondo a formação de um “clube de paz” de países neutros na guerra e o papa tentando conversar com Kiev e Moscou – depois de enviar Zuppi a Kiev no começo deste mês, estaria preparando uma viagem de seu assistente a Moscou.

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    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no entanto, já refutou a ideia de um “clube de paz” por diversas vezes, dizendo que só voltaria a negociar com a Rússia se todo o exército deixasse o território ucraniano (incluindo a Crimeia, anexada por Moscou em 2014). Ele também comentou ironicamente a um canal de TV italiano, após ter sido recebido no Vaticano, que dispensava a mediação do papa.

    “Com todo o respeito à Sua Santidade, não precisamos de mediadores, precisamos de uma paz justa”, disse.

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    Para Zelensky, o único plano de paz viável é o da Ucrânia, que, além de completa integridade territorial, descarta a possibilidade de um cessar-fogo, como sugerem Lula e Francisco.

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    O périplo pela Itália

    Durante a viagem a Roma, o presidente brasileiro também se reunirá com seu homólogo italiano, Sergio Mattarella, e o prefeito da capital, Roberto Gualtieri, do Partido Democrático, de centro-esquerda. Quem ficou de fora foi a primeira-ministra, Giorgia Meloni, do partido de extrema direita Irmãos da Itália.

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    A italiana assumiu o cargo em outubro de 2022 e lidera o primeiro governo de ultradireita na Itália desde o fim da II Guerra Mundial. Que o encontro entre líderes não ocorra pode ser um risco, passando a mensagem de que diferenças ideológicas podem falar mais alto que o pragmatismo nas relações entre os dois países.

    Nesta terça-feira, 20, Lula se reúne com o sociólogo Domenico de Masi e, na quarta-feira, 21, além do papa Francisco e do arcebispo Edgar Peña Parra, terá encontros com o presidente italiano, Sergio Mattarella, e com prefeito de Roma, Roberto Gualtieri. Este último deve ter caráter pessoal, já que Gualtieri visitou Lula enquanto ele esteve preso em Curitiba, entre 2018 e 2019.

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    Além da questão ucraniana, o Planalto disse que o presidente pretende abordar com o pontífice temas como a desigualdade social no mundo e o combate à fome.

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