A presidente do México, Claudia Sheinbaum, publicou nas redes sociais na noite de segunda-feira 18 uma junto de mãos dadas com Lula, o presidente do Chile, Gabriel Boric, e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, durante a cúpula de líderes do G20. Na legenda, citou uma “América Latina unida”, apesar de ausências notáveis, incluindo o presidente argentino, Javier Milei, em meio às divergências do ultraliberal com o resto dos líderes regionais, mais voltados à esquerda.
A foto também foi tirada sem outros representantes latinos no encontro, sendo eles Luis Arce, da Bolívia, e Santiago Peña, do Paraguai, que foi hospitalizado na segunda-feira, depois de dores no peito.
+ Milei não veta texto final do G20, mas pontua divergências
Na noite de segunda, a Presidência da Argentina informou que não iria “obstruir” a declaração dos demais líderes do G20, apesar de profundas divergências com a agenda promovida no encontro no Rio de Janeiro.
“O presidente Javier Milei deixou claro em sua participação no G20 que não concorda com vários pontos da declaração”, diz o texto do governo argentino, que cita entre os trechos de discordância, “a limitação da liberdade de expressão nas redes sociais” e “a noção de que uma maior intervenção estatal é a forma de combater a fome”. O comunicado afirma ainda que “o capitalismo de livre mercado já tirou 90% da população global da pobreza extrema e duplicou a expectativa de vida”. A declaração final da cúpula do G20 foi divulgada ainda na noite desta segunda.
Inicialmente fora da lista de países integrantes da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta vista como o grande legado da presidência brasileira à frente do G20, a Argentina voltou atrás e colocou seu nome entre os membros antes do lançamento da iniciativa, ganhando status de “membro fundador”. Com a adesão de Buenos Aires, a aliança teve o endosso de 82 países e 66 organizações internacionais.