O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, nesta quarta-feira, 31, o líder da Colômbia, Gustavo Petro, para uma bilateral no Palácio da Alvorada. Os dois disseram que mais precisa ser feito para combater os crimes, como garimpo ilegal e narcotráfico, na compartilhada Floresta Amazônica.
Nas redes sociais, Lula afirmou que viajará em julho para a cidade colombiana de Letícia, na fronteira entre os dois países, e que Petro confirmou a vinda para uma reunião dos países amazônicos em Belém, em agosto.
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“Falamos sobre os encontros futuros que teremos para debater a região amazônica. Em julho, estarei em Letícia, na fronteira entre nossos países, e o presidente Petro confirmou sua vinda para a reunião entre países amazônicos em Belém, em agosto. Conversamos também sobre nossa disposição para juntos combatermos o garimpo ilegal e o narcotráfico. E com alegria recebi de Petro o convite para o Brasil ser o país homenageado na Feira do Livro de Bogotá, em 2024”, disse o presidente.
Com o presidente da Colômbia, @petrogustavo. Falamos sobre os encontros futuros que teremos para debater a região amazônica. Em julho, estarei em Letícia, na fronteira entre nossos países, e o presidente Petro confirmou sua vinda para a reunião entre países amazônicos em Belém,… pic.twitter.com/zce4corB4n
— Lula (@LulaOficial) May 31, 2023
Segundo o Itamaraty, os mandatários concordaram que é necessário avançar nos esforços conjuntos contra os crimes ambientais e o crime organizado na Amazônia, combatendo madeireiros, garimpeiros ilegais, grileiros e narcotraficantes.
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Ambos coincidiram que “cuidar da floresta é cuidar dos colombianos e brasileiros que vivem na região” e trataram de medidas necessárias para fortalecer a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, com sede em Brasília.
Nesta terça-feira 30, Petro participou da cúpula com presidentes sul-americanos promovida por Lula no Palácio do Itamaraty, para buscar caminhos de união e fortalecimento da região. O colombiano disse que a região se deixou dividir por ideologias, dificultando a integração.
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“Abandonamos canais de diálogo e mecanismos de cooperação e, com isso, todos perdemos. O que nos reúne hoje em Brasília é o sentimento de urgência de voltar a olhar coletivamente para a nossa região”, afirmou em discurso.
O “retiro” de líderes sul-americanos, no entanto, ficou marcado pelas críticas a uma fala de Lula sobre a Venezuela, em que sugeriu que as acusações contra a ditadura de Nicolás Maduro faziam parte de uma “narrativa”. Depois de alfinetadas do presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e do Chile, Gabriel Boric, o petista afirmou que posicionamento dos chefes de Estado foram “no limite da democracia”.