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Lula desembarca na Arábia Saudita em busca de parceria bilionária

Sauditas podem incrementar investimentos no Brasil na ordem dos US$ 10 bilhões, segundo o Itamaraty, enquanto petista busca influência no Oriente Médio

Por Amanda Péchy
Atualizado em 28 nov 2023, 11h27 - Publicado em 28 nov 2023, 11h15

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou, nesta terça-feira, 28, na Arábia Saudita, para reunião com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que cumpre as funções de chefe de Estado. Lula também se encontrará com empresários brasileiros e sauditas na capital Riade, no início de uma turnê de viagens que também abrangerá Catar, Emirados Árabes e Alemanha.

“Vamos apresentar projetos de investimento no Brasil e aumentar as relações comerciais e de parceria entre nossos países nos setores de energia, agricultura e também na indústria. Também vamos apresentar os projetos do Novo PAC para investimentos em infraestrutura”, escreveu Lula em publicação no X, antigo Twitter, ao desembarcar no país.

O Novo PAC é um programa de investimentos coordenado pelo governo federal, em parceria com o setor privado, estados, municípios e movimentos sociais. O giro pelos países do Golfo Pérsico, últimas viagens internacionais do ano e as primeiras após sua cirurgia no quadril, tem como um dos principais objetivos atrair aportes para a iniciativa.

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A agenda com o príncipe herdeiro, antes um pária acusado de ter assassinado o jornalista Jamal Khashoggi e agora reabilitado pela importância geopolítica de seu país, ocorre na tarde desta terça. Além de uma reunião ampliada com a participação da comitiva brasileira, haverá um encontro privado entre os dois líderes. Para este último ciclo de viagens, Lula levará vários ministros, como Fernando Haddad (Fazenda), Nísia Trindade (Saúde) e Rui Costa (Casa Civil).

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Na quarta-feira, 29, Lula comparecerá a dois eventos empresariais. Um promove produtos da empresa brasileira Embraer e outro, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

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A expectativa é de que os sauditas possam realizar incremento dos investimentos no Brasil na ordem dos US$ 10 bilhões (R$ 49 bilhões) nos próximos anos, parte dos quais já vêm sendo direcionados de Riade a Brasília, segundo o Itamaraty.

A aproximação com o mundo árabe é vista pelo governo como essencial, porque são países com recursos para investir em mais comércio e investimentos no Brasil, além de serem atores de grande importância geopolítica em questões envolvendo o Oriente Médio. Em 2022, o comércio bilateral com os árabes foi de US$ 32 bilhões (R$ 157 bilhões) e, deste total, US$ 8 bilhões (quase R$ 40 bilhões) foram com a Arábia Saudita. Os países do Golfo Pérsico (Bahrein, Kuwait, Omã, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos) são mercados relevantes para as exportações brasileiras, com ênfase para produtos agrícolas e commodities minerais.

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Após os eventos na capital saudita, Lula segue para Doha, no Catar, onde também aproveitará o contato com lideranças políticas e empresariais para aprofundar e diversificar a relação bilateral. Além disso, o presidente também deve tratar da guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas, que controla da Faixa de Gaza. O Catar é um dos principais mediadores para negociações em relação ao conflito.

Na quinta-feira, 30, a comitiva presidencial desembarca em Dubai, nos Emirados Árabes, para participar da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28). O evento pretende fazer um balanço da implementação do Acordo de Paris, assinado na COP 21, em 2015, que estabeleceu uma meta coletiva para que o mundo mantivesse o aquecimento global no máximo 2ºC maior que os níveis pré-Revolução Industrial.

Da parte do Brasil, haverá uma delegação de cerca de 400 pessoas do governo na COP28, além de 2 mil inscritos que fazem parte da sociedade civil.

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Embora a conferência do clima só termine no dia 12 de dezembro, Lula deve deixar os Emirados Árabes no dia 2 de dezembro. Do Oriente Médio, o presidente e parte de sua comitiva viajarão à Alemanha, onde Lula se reunirá com o presidente Frank-Walter Steinmeier e com o primeiro-ministro Olaf Scholz.

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A Alemanha é um dos países que defendem a assinatura do acordo Mercosul-União Europeia e a oitava maior fonte de investimentos no Brasil. De acordo com fontes da diplomacia brasileira ouvidas por VEJA, o objetivo do governo Lula é anunciar a assinatura do pacto comercial no dia 7 de dezembro, durante a cúpula de chefes de Estado do Mercosul no Rio de Janeiro.

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