O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou nesta quarta-feira, 11, com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, iniciada no último sábado 7. Em telefonema, o petista ressaltou a necessidade urgente de uma “solução amigável” entre ambos os lados do conflito para “evitar mortes, especialmente de civis, mulheres e crianças”, informou o Ministério das Relações Exteriores.
“Os dois líderes reconheceram a importância da ajuda humanitária de ambos os países, e a necessidade de se concentrar em aliviar o sofrimento das comunidades afetadas pelos bombardeios recentes. Em um esforço para evitar uma escalada adicional da situação, concordaram em trabalhar em conjunto para promover a paz e a estabilidade na região”, destacou o Itamaraty.
Depois de desejar uma boa recuperação a Lula pela cirurgia de prótese no quadril, realizada em setembro, Al Nahyan tratou da importância do “trabalho internacional conjunto” para conter a crise na região. Lula, por sua vez, parabenizou o líder árabe por prestar ajuda humanitária aos palestinos e expressou o desejo de uma “colaboração intensificada” no Conselho de Segurança das Nações Unidas, do qual o Brasil assumiu a presidência rotativa neste mês.
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Segundo o Itamaraty, apesar dos Emirados Árabes estarem a cerca de 2.115 quilômetros de Israel, ou seja, no mesmo continente, a conversa também explorou questões além dos desafios do Oriente Médio.
Os chefes de Estado debateram o “aprofundamento das relações bilaterais entre Brasil e Emirados Árabes Unidos, abordando questões de cooperação econômica, investimentos e parcerias estratégicas em diversos setores”, segundo comunicado.
A preocupação com as mudanças climáticas também foi tema do telefonema. Lula explicou que sua ida a Dubai, em novembro, para participar da conferência das Nações Unidas sobre clima (COP-28) será a primeira viagem desde o procedimento cirúrgico.
O petista reforçou a relevância do evento para a formulação de ações voltadas para o controle do aquecimento global e “enfatizou o compromisso do Brasil em contribuir para um futuro sustentável.”