Lula cancela viagem ao Peru para focar na cúpula dos líderes do G20
Mudança no itinerário ocorre quase duas semanas após queda de Lula no Palácio da Alvorada
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou nesta quinta-feira, 31, a viagem que faria a Lima, no Peru, onde participaria da reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), para focar a cúpula dos líderes do G20, que será realizada entre os dias 18 e 19, na cidade do Rio de Janeiro. A mudança no itinerário ocorre quase duas semanas após a queda do petista no banheiro do Palácio da Alvorada.
Em razão do acidente, ele permanece impedido pela equipe médica de deixar Brasília. Como consequência, o petista teve de cancelar uma série de compromissos no exterior, como a reunião do Brics, realizada na Rússia na semana passada, e a participação na COP16, ocorrida no dia 21 na Colômbia. Lula também deixará de ir ao Azerbaijão para a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, a COP29.
A decisão de não ir a Lima, no entanto, teria sido tomada pelo próprio presidente, que estaria concentrado nos preparativos para o G20 e nas reuniões bilaterais que acontecerão às margens do evento. É a primeira vez que o Brasil ocupa a presidência rotativa do fórum.
Além do Brasil, compõem o G20 África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além dos blocos União Africana e União Europeia. Juntos, esses países representam cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população do planeta.
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Ainda em novembro, Lula receberá o presidente da China, Xi Jinping, para uma visita oficial em Brasília.
A suspensão médica, no entanto, pode impactar o encontro de Lula com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O democrata teria planos de visitar Manaus ou Belém entre 16 e 17 de novembro, segundo a agência de notícias Reuters.
Acredita-se que a viagem seja confirmada somente após as eleições dos EUA, marcadas para dia 5. Em julho, Biden deixou a corrida presidencial e apoiou a candidatura da sua vice, Kamala Harris, que enfrentará o ex-presidente Donald Trump na disputa.