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Líderes mundiais lamentam a morte do checo Vaclav Havel

O dissidente ajudou a derrubar o regime comunista da Checoslováquia em 1989

Por Da Redação
18 dez 2011, 14h45

Ao tomarem conhecimento da morte do ex-presidente checo Vaclav Havel, o primeiro chefe de estado após a “Revolução de Veludo” que derrubou o regime comunista da Checoslováquia em 1989, líderes do mundo todo lamentaram sua perda. Dramaturgo e intelectual de prestígio, Havel tinha 75 anos e estava doente há bastante tempo. Ele era um dos dirigentes europeus mais respeitados por sua defesa da liberdade e dos direitos humanos.

Estados Unidos – O presidente americano, Barack Obama, elogiou Havel, lembrando de sua “grande visão” e “coragem moral” que “abalou os alicerces de um império” com a sua resistência pacífica ao regime comunista. “Fiquei profundamente triste ao saber do falecimento de Vaclav Havel, um dramaturgo e prisioneiro de consciência que se tornou presidente da Checoslováquia e da República Checa”, disse Obama em um comunicado.

“Tendo encontrado muitos contratempos, Havel viveu com um espírito de esperança, que ele definiu como ‘a capacidade de trabalhar por algo porque é bom, e não só porque apresenta uma chance de sucesso'”, acrescentou o presidente americano. “Sua resistência pacífica sacudiu os alicerces de um império, expôs o vazio de uma ideologia repressiva e provou que a liderança moral é mais poderosa do que qualquer arma”, disse Obama.

“Ele teve um papel seminal na Revolução de Veludo, que levou a liberdade para seu povo e inspirou gerações a buscarem a autodeterminação e a dignidade em todas as partes do mundo”, acrescentou Obama sobre o dissidente. “Também incorporou as aspirações de metade de um continente que havia sido cortado pela Cortina de Ferro, e ajudou a desencadear ondas da história que levaram a uma Europa unida e democrática”, completou.

Grã-Bretanha – O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou neste domingo que a Europa tem “uma dívida profunda” com Havel, por seu papel de levar liberdade e democracia para o continente. “Estou profundamente triste com a morte de Vaclav Havel”, disse Cameron em um comunicado. “Havel dedicou sua vida à causa da liberdade humana. Durante anos, o comunismo tentou esmagá-lo e extinguir sua voz. Mas Havel, o dramaturgo e dissidente, não podia ser silenciado”. Ele afirmou que Havel libertou o povo checo da tirania. “Ele ajudou a trazer liberdade e democracia para o nosso continente inteiro”, acrescentou. “A Europa tem com Vaclav Havel uma dívida profunda. Hoje a sua voz foi silenciada”, disse.

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O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, afirmou em um comunicado que, como o primeiro presidente democraticamente eleito da República Checa, Havel “desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da liberdade na Europa”. “Ele será lembrado como um líder que ajudou a criar uma democracia moderna na República Tcheca. Suas realizações são históricas e continuarão vivas”, disse.

França – O chefe de estado francês, Nicolas Sarkozy, destacou neste domingo que Havel encarnava um compromisso incansável em favor da democracia e da liberdade e que, com sua morte, a França perde um amigo e a Europa “um de seus sábios”. Em carta enviada ao presidente checo, Vaclav Klaus, Sarkozy ressaltou que Havel foi um homem culto e escritor “de talento”, assim como um europeu “comprometido, convencido da unidade profunda e da necessária solidariedade do continente”.

“Seu acesso à Presidência depois da Revolução de Veludo em 1989 coroou uma vida inteira dedicada ao combate ao totalitarismo e em defesa dos valores que inspiravam suas ações”, indicou Sarkozy, citando entre outros a tolerância, a promoção dos direitos humanos e a luta contra a opressão. “Com sua morte a República Checa perde um de seus grandes patriotas, a França um amigo e a Europa um de seus sábios”, afirmou Sarkozy.

Polônia – A voz do ícone checo da liberdade Havel “fará muita falta na Europa”, afirmou Lech Walesa, o lendário líder polonês do Solidariedade, um sindicato independente anticomunista. “Ele foi um grande teórico do nosso tempo e sua voz fará muita falta na Europa, especialmente agora, quando ela está em grande crise”, disse Walesa, que, como Havel, era um anticomunista antes de se tornar chefe de estado após o colapso pacífico do comunismo, em 1989. “É triste que ele não esteja mais conosco, vou rezar por sua alma”, disse Walesa, católico fervoroso.

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