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Líderes africanos vão viajar a Kiev e Moscou para ‘construir confiança’

Visita é vista como primeiro passo em direção à tentativa de mediação do conflito por parte de mandatários de países da África

Por Da Redação
15 jun 2023, 18h27

Por meio de um conjunto de “medidas de construção de confiança”, líderes africanos estariam dando os primeiros passos em direção à mediação do conflito entre Rússia e Ucrânia, que teve início em fevereiro do ano passado. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 15, pela agência de notícias Reuters.

Liderada pelo presidente de Senegal, Macky Sall, e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, uma delegação de autoridades africanas visitará Kiev, capital ucraniana, na sexta-feira, partindo rumo a São Petersburgo no dia seguinte. A expectativa é alta para que encontros com presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sejam realizados.

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A viagem acontece em meio ao início da primeira fase da contraofensiva ucraniana, que enfrentou atrasos pela demora no envio de armamentos ocidentais e na finalização dos treinamentos ofertados por nações aliadas às tropas de Kiev. Durante uma conferência na última sexta-feira, Putin comunicou que o ataques aos russos haviam começado, apesar de negar o avanço dos forças de Zelensky.

“Os soldados ucranianos não alcançaram seus objetivos em nenhum setor – graças à coragem dos soldados russos, à organização adequada das tropas”, alegou na ocasião.

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Segundo um documento visto pela Reuters, os líderes africanos buscam “promover a importância da paz e encorajar as partes a concordarem com um processo de negociações conduzido pela diplomacia”, a partir de uma série de medidas que poderiam ser colocadas em prática pelos representantes de cada país.

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Entre as principais propostas estariam retirada das tropas russas do território ucraniano e das armas nucleares táticas de Belarus, o abrandamento das sanções e a suspensão do mandado de prisão movido contra Putin pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

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“As medidas acima mencionadas devem visar facilitar a criação de um ambiente propício para um cessar-fogo, e que permitirá às partes construir confiança e considerar a formulação de suas estratégias de restauração da paz”, defende o texto.

As autoridades do continente africano não são as únicas, no entanto, que procuram mediar o conflito. Em maio, China enviou um representante do governo para Kiev e Moscou, bem como para cidades europeias, para tratar de um “acordo político”, enquanto o Brasil tenta se colocar também como uma peça importante para uma possível mediação, tendo já enviado o assessor especial Celso Amorim a Moscou.

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