Líder opositor preso na Venezuela afirma que “mudança” precisa de gente na rua
Manifestantes prosseguem com protestos no país neste domingo em Caracas e outras cidades do país
Por Da Redação
2 mar 2014, 15h08
O líder do partido opositor venezuelano Vontade Popular (VP), Leopoldo López, que está preso em um presídio militar desde 18 de fevereiro, disse que “a mudança política e social” que ele reivindica em sua luta contra o presidente Nicolás Maduro deve ser feita em paz, “mas na rua”. Neste domingo, a capital Caracas e outras cidades da Venezuela voltaram a ser palco de protestos convocados pela oposição. Imagens mostram que algumas das manifestações reúnem milhares de pessoas.
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“A mudança só pode chegar pelas mãos de milhões de pessoas na rua, em paz e sem violência, mas na rua”, ressaltou em uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal oposicionista El Nacional.
O economista, prefeito entre 2000 e 2008 do município de Chacao, epicentro dos protestos que se repetem desde 12 de fevereiro, disse que não se arrepende de ter se entregado voluntariamente após ter sido acusado de atos de violência registrados em uma marcha pacífica que terminou em incidentes que causaram a morte de três pessoas. López revelou que na penitenciária reservada para chefes militares acusados de delitos só pode ser visitado por sua esposa, pais e advogados, e que é impedido ter contato com outros presos. “Sou um preso político, um preso de consciência de Maduro e sua institucionalidade manipulada”, comentou.
López afirmou ainda que está consciente de ter contribuído “com a faísca que acendeu a chama” dos protestos. “A rua é o principal palco de luta, mas não o único. A sala de aula, o lugar de trabalho, as filas para comprar alimentos e a família têm também que ser palcos de protesto não violento”, declarou.
Sobre as jornadas de “paz e diálogo” que o governo de Maduro iniciou na semana passada e nas quais conseguiu reunir como interlocutores outros líderes opositores políticos e empresariais, López ressaltou: “Não se pode falar de paz se não há justiça”.
(Com agência EFE)
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