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Líder islamita ordena fim des ataques contra civis na Rússia

Por Por Benoît FINCK
3 fev 2012, 12h55

O líder da rebelião islamita do Cáucaso russo, que reivindicou vários atentados em Moscou, decretou o fim dos ataques contra civis na Rússia, justificando que a população já não apóia o regime de Vladimir Putin.

“Os atuais eventos na Rússia (as manifestações da oposição) mostram que a população russa não deseja mais o regime de Putin”, declarou Dokou Oumarov, em um vídeo postado nesta sexta-feira no site rebelde kavkazcenter.com.

Por esta razão, “ordeno a todos os grupos de sabotagem, que têm como missão aplicar nosso plano de operações especiais na Rússia, a colocar fim nas operações que poderiam ferir a população civil”, prosseguiu Dokou Oumarov, que foi filmado na natureza, com uma barba longa e mal tratada.

Oumarov reivindicou o atentado no aeroporto Moscou-Domodedovo em janeiro de 2011 (37 mortos) – uma resposta aos crimes das forças russas contra os rebeldes no Cáucaso, segundo ele – e o atentado duplo no metrô de Moscou em 2010 (40 mortos).

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Ele é procurado há anos pelas autoridades russas e, no ano passado, os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 5 milhões de dólares por informações que ajudem a localizá-lo.

O primeiro-ministro russo Vladimir Putin, favorito na eleição presidencial de março depois de dois mandatos no Kremlin (2000-2008), enfrenta uma onda de contestação sem precedentes desde a sua chegada ao poder. Novas manifestações estão previstas para acontecerem no sábado.

“Hoje, a população civil da Rússia é refém do regime de Putin, que combate o islã no território do Emirado do Cáucaso. Nestas circunstâncias, somos obrigados a proteger a população civil em nossas operações especiais”, acrescentou Oumarov.

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Em consequência disso, “as operações especiais devem ser dirigidas contra as forças de segurança, os serviços secretos e os oficiais hipócritas que em palavras e ações fazem mal ao islã e são os inimigos de Deus”, disse.

Dokou Oumarov se tornou em 2006 o “presidente separatista” da Chechênia e assumiu a liderança da guerrilha anti-russa. Sob a sua direção, a rebelião enfraqueceu na Chechênia diante da luta, pontuada por atrocidades, conduzida pelas forças de Moscou e seus aliados chechenos, liderados pelo líder pró-russo Ramzan Kadyrov.

Em 2007, Dokou Oumarov abandonou a causa separatista e se autoproclamou “emir do Cáucaso”.

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Após a primeira guerra da Chechênia (1994-1996) entre as forças russas e separatistas, a rebelião se islamizou progressivamente, ultrapassando as fronteiras chechenas e se transformando, em meados dos anos 2000, em um movimento islamita armado ativo em todo o Cáucaso do Norte.

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