Líder do Hamas diz que está ‘perto’ de acordo para cessar-fogo com Israel
Pacto pode incluir troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos e pausas limitadas nos combates
Ismail Haniyeh, considerado o líder geral do grupo terrorista Hamas, disse nesta terça-feira, 21, que está próximo de um acordo de trégua com Israel, o que deve incluir um cessar-fogo temporário em Gaza e a libertação de alguns dos reféns israelenses, presos no enclave palestino desde 7 de outubro.
“Estamos perto de chegar a um acordo de trégua”, disse Haniyeh, e o grupo entregou a sua resposta aos mediadores do Catar, onde o Hamas tem um escritório político.
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Políticos dos Estados Unidos, incluindo o presidente Joe Biden, e de Israel, bem como o primeiro-ministro do Catar, também indicaram nos últimos dias que uma resolução poderia vir em breve. A Casa Branca disse que as negociações estavam na fase de “fim do jogo”, sem dar detalhes.
No entanto, devido às altas tensões, qualquer potencial pacto pode facilmente ruir. Além disso, mesmo com o aval da alta cúpula política do Hamas, que mora no estrangeiro, os líderes políticos e militares da organização em Gaza também precisam concordar com os termos.
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Izzat el Reshiq, outro importante líder político do Hamas, disse à emissora árabe Al Jazeera que as negociações visam a um cessar-fogo de “alguns dias”, com medidas para a entrada de ajuda humanitária em Gaza e uma troca dos reféns do Hamas por prisioneiros palestinos em Israel.
Duas fontes familiarizadas com as negociações da trégua disseram à agência de notícias AFP que um acordo provisório incluía uma trégua de cinco dias, com um cessar-fogo nas operações terrestres e limites aos bombardeios israelenses sobre o sul de Gaza.
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Em troca, entre 50 e 100 prisioneiros detidos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica – um grupo militante palestino aliado do Hamas – seriam libertados. O grupo incluiria civis israelenses e de outras nacionalidades, mas nenhum militar.
Segundo Israel, cerca de 240 pessoas, entre israelenses e outras nacionalidades, foram sequestradas durante os ataques do Hamas em 7 de outubro. Naquele dia, mais de 1.200 pessoas morreram, a maioria civis.