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Presidente da Croácia chama atenção de internautas antes de final da Copa

A presidente croata Kolinda Grabar-Kitarović comprou passagem em classe econômica para assistir pessoalmente aos jogos com o próprio dinheiro

Por Da Redação
Atualizado em 15 jul 2018, 10h25 - Publicado em 12 jul 2018, 17h01

A presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarović, ganhou a atenção das redes sociais esta semana após a seleção de futebol do país avançar para a final da Copa do Mundo. Apaixonada pelo esporte, a líder croata comprou passagens econômicas para a Rússia e pagou a estadia com o próprio dinheiro para assistir aos jogos da equipe pessoalmente, no estádio. Usuários no Twitter já estão chamando a mandatária de “exemplo para o Brasil”.

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“Realmente, ainda estou impressionado com a presidente croata”, comentou um usuário. “Vai ver a Copa sem dinheiro público, tudo bancado com dinheiro do próprio bolso. Isso seria exigir o básico, mas para o Brasil, quem fizesse isso já estaria fazendo algo NUNCA feito antes.”

Os membros da rede social também compartilharam várias imagens da presidente no vestiário, junto com os jogadores, comemorando a classificação croata. Na quarta-feira (11), horas antes do jogo da Croácia contra a Inglaterra, Kolinda presenteou a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, com uma camiseta personalizada da seleção croata.

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Kolinda, que tem 50 anos, foi a primeira mulher a assumir a presidência da Croácia e a quarta líder desde que o país conquistou a independência da extinta Iugoslávia, em 1990. Em 2017, a revista Forbes considerou ela a 39ª mulher mais poderosa do mundo.

Eleita pela União Democrática Croata (HDZ, na sigla em croata), o principal partido conservador de direita do país, ela terminou em segundo lugar no primeiro turno das eleições de 2015, atrás apenas do então presidente de centro-esquerda Ivo Josipović, que buscava a reeleição. No segundo turno, venceu a disputa com a pequena margem de 1,48 ponto porcentual de diferença – um resultado surpreendente, uma vez que a maioria das pesquisas eleitorais indicava que Josipović tinha apoio suficiente para vencer com mais de 50% dos votos logo no primeiro turno.

Após assumir o cargo, Kolinda teve de deixar a legenda, uma vez que a legislação croata estabelece que o presidente não pode ocupar outros cargos políticos ou possuir filiação partidária enquanto estiver no poder.

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Nascida em 29 de abril de 1968, na cidade portuária de Rijeka, então parte da Iugoslávia, a líder croata tem um extenso histórico de posições importantes que assumiu antes de se tornar presidente. A mais recente foi na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na qual atuou como Secretária-Geral Adjunta para a Diplomacia Pública de 2011 a 2014.

Antes disso, atuou como embaixadora da Croácia nos Estados Unidos de 2008 a 2011, durante o governo de Josipović. Ela também já assumiu os cargos de Ministra dos Assuntos Europeus, de 2003 a 2005, e de primeira-ministra dos Negócios Estrangeiros e da Integração Europeia, de 2005 a 2008.

Neo-nazismo

Apesar de ser considerada conservadora e de direita, Kolinda é conhecida por ter posições mais liberais em relação a igualdade de gênero e direitos humanos. Durante a etapa de debates eleitorais antes de ser eleita, a presidente defendeu a legalização do aborto por considerar que “é uma liberdade de escolha” da mulher.

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Ainda assim, levantou polêmica ao posar para uma foto segurando a bandeira da Croácia do regime pró-nazista conhecido como Ustasha, na II Guerra Mundial, que perseguiu e matou centenas de milhares de sérvios, judeus, ciganos e antifascistas no país. A imagem foi tirada em uma viagem da presidente ao Canadá, em novembro de 2016, e postada no Facebook por um usuário croata que vive em terras canadenses e aparece ao lado de Kolinda na foto.

A presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarovic
A presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarovic, posa para foto durante viagem ao Canadá, em 2016, com uma bandeira carregando um símbolo do regime pró-nazista do país durante a guerra (Facebook/Reprodução)

O escritório da presidente ignorou o incidente, insistindo que não havia “nada de questionável” sobre isso. Ainda assim, o episódio gerou críticas nas redes sociais, uma vez que o brasão utilizado na bandeira, apesar de apresentar cores similares, é notavelmente diferente daquele adotado após o fim da guerra.

Em janeiro daquele ano, o governo de Kolinda também havia nomeado como ministro da Cultura o fundador do partido de ultra direita Neovisni za Hrvatsku (“Independentes pela Croacia”, em português), Zlatko Hasanbegovic. Descrito pelo Centro Simon Wiesenthal como um “fascista”, Hasanbegovic chegou a dar declarações afirmando que a história e a cultura antifascistas da Croácia eram “uma frase vazia” sem relevância constitucional. Desde que fundou seu próprio partido, porém, enfatizou que a legenda é antifascista.

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